Madonna, uma artista pop incontornável: artista faz o maior show da sua carreira

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Madonna durante a Celebration Tour. (Foto: Ralph PH/Wikimedia Commons).

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Madonna é uma das últimas grandes estrelas do pop e talvez a última artista a ter um impacto massivo inconteste. Sua presença é incontornável e, a despeito de gostar ou não dela, qualquer movimentação acaba adquirindo um alta magnitude, impossível de escapar.

Com mais de quarenta anos de carreira, Madonna entra no século 21 como uma das estrelas remanescentes de um pop pensado para as massas, vindo de uma época em que a indústria cultural vivia azeitada e dominando corações e mentes com a força de uma locomotiva. Hoje, em um mundo pulverizado, altamente especializado e nichado, as estrelas adquirem uma grandeza que impressiona em números, mas que já não refletem o mesmo impacto cultural a ponto de pautar as discussões, causar tanto alvoroço, propor mudanças de atitude e comportamento. Pelo menos não na escala de antes.

Madonna trouxe esse capital acumulado para esta nova era da mídia digital e sua influência segue sentida. Aos 65 anos, ela celebra a carreira sem deixar de prestar atenção às movimentações que acontecem, sempre reverenciando em primeiro plano o público LGBTQIA+ que a tem como ícone supremo.

A presença de Pabllo Vittar no show de sábado, confirmada durante o ensaio na última quinta, vai ser o ápice do encontro dessa geração que cresceu com Madonna sendo um vulto cultural imponente, quase um objeto de culto, com uma artista que se recusa a ser encarada como um relicário. Ao fazer desse show um marco histórico, Madonna não abre mão do seu status de grandeza dentro do pop e acena para um futuro em que se torna ainda mais relevante com o passar dos anos. Com a expectativa de receber 1,5 milhão de pessoas, este será o maior show da carreira da artista e o ápice de uma das mais impressionantes histórias da música.

O fato disso estar acontecendo no Brasil de 2024 se deve a uma série de fatores, mas o impacto não seria o mesmo se a final da turnê tivesse acontecido em qualquer outro lugar. Nisso, o Rio de Janeiro ajudou. E Madonna parece reconhecer isso ao ter a sensibilidade em adaptar seu show com a presença de convidados como Pabllo Vittar e Anitta, homenagens às figuras históricas brasileiras e até uma possível presença de orquestra de samba.

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