"Na pausa, o músico da noite foi até o homem do fundo do bar. Perguntou de quem era a música. O homem, de uns 40 anos, falou um pouco sobre Don McLean e a canção em homenagem a Van Gogh"
O que publicamos sobre
"Cantaram a plenos pulmões em “Helter Skelter”. Ele pensou que o coração iria parar em Golden Slumbers. Ela o olhou com carinho e disse ‘é a tua música preferida’."
"Ela dançava sorrindo pra mim. Disse, falando pertinho do meu ouvido que o dj era amigo dela. E ia pedir uma música para nós."
Às vezes pensavam ser coincidência, em outras, coisas da magia da vida, mas sempre que Mo Better Blues entrava na seleção musical, parecia que a barriga se mexia, pequenos solavancos que deixavam as mães emocionadas e plenas.
"Marcaram novos encontros. Começaram a namorar. E ele, mesmo evitando tocar no assunto, sempre recorria a Elton John nos momentos de oscilações no relacionamento."
A música acabou. Fui colocada de volta ao mesmo lugar. Alex não estava mais lá. Eu também não estava mais. E nunca mais voltei daquele lugar.
"Quando fechei a porta e olhei para o portão, Michael Stipe ainda cantava “Eu, eu sou livre/Livre”. A rua tinha pouco movimento àquela hora. "
"“Acabou”, ela disse pausadamente. Ele estancou o carinho. A mão suspensa, a respiração pausada. Ela sorriu, triste. "
"Quando cresceu se afastou daquelas canções, assim como do pai. Vida, mundo, ideias a separá-los. Até aqueles dias. Os dias recentes."
"A última música lenta já ia começar. Eu conhecia a sequência de cor e salteado. Era Easy, dos Commodores. Respirei fundo. Era a hora de ir embora."