Abulidu é referência afropernambucana no Prêmio da Música Brasileira 2024, no Rio de Janeiro

Banda recebe reconhecimento nacional com a indicação, sendo finalista na categoria “Música Urbana” ao lado de Àttooxxá e Natiruts

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Foto: Braun Music Studio/Divulgação.

A banda pernambucana Abulidu, representante da música autoral afropernambucana, recebeu uma indicação ao Prêmio da Música Brasileira 2024, na categoria Música Urbana. A premiação, que chega à sua 31ª edição, está programada para ocorrer amanhã (12), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Fundada em dezembro de 2019, a Abulidu rapidamente se estabeleceu como uma referência musical na cena pernambucana, com sua sonoridade enraizada nas tradições afroindígenas e afrobrasileiras. Originária do Suvaco da Cobra, bairro periférico de Jaboatão dos Guararapes, a banda é liderada por Hélio Abulidu, cantor e compositor, e composta por músicos como Thúlio Xambá, Arnaldo do Monte, Paulinho Folha, Rogério A. Martins e Raphael César.

“Acreditamos na atemporalidade da música, do nosso Quilombo Urbano, e também no tempo dos processos artísticos como coletivo para o amadurecimento das ideias de formação de grupo. Seguimos propagando nossa mensagem periférica da cultura afroindígena e afrobrasileira”, comenta Hélio.

O reconhecimento da Abulidu como finalista do Prêmio da Música Brasileira 2024 coincide com um marco significativo em sua trajetória: o quinto ano desde sua fundação. Esta indicação, ao lado de artistas como Àttooxxá, da Bahia, e Natiruts, de Brasília, solidifica o papel da banda como um dos principais expoentes da música urbana contemporânea.

O álbum Códigos Periféricos, produzido por Buguinha Dub e lançado há um ano nas plataformas digitais, é um dos destaques do repertório da Abulidu.

Thúlio Xambá, que também integra o grupo Bongar, expressou sua gratidão pelo reconhecimento: “O prêmio é um recado dos nossos ancestrais, da nossa musicalidade, da nossa rádio favela”.

“A gente abriu os Códigos Periféricos em maio de 2023 já sabendo que se leva um tempo para decodificá-los. Praticamente um ano depois do lançamento do disco, estamos celebrando a indicação ao Prêmio da Música Brasileira”, acrescenta Paulinho Folha.