O grupo indígena Coco das Antigas inicia, no mês de março, uma série de apresentações do espetáculo musical Conversa de Comadres e da oficina teatral DMT – Desconstruir, Memorizar, Transformar. O projeto foi contemplado pelo Edital de Mobilidade Cultural da Fundação Nacional de Arte (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura, e terá atividades gratuitas em Pernambuco e no Rio de Janeiro.
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Em Pernambuco, a apresentação será realizada no dia 15 de março, na Aldeia Brejo dos Padres, localizada em Tacaratu. No Rio de Janeiro, as atividades ocorrem nos dias 28 e 29 de março, no Quilombo Campinho da Independência, em Paraty. A oficina teatral será ministrada no dia 29 por Fykyá Pankararu, com assistência de Bia Pankararu, e abordará a relação entre corpo e território a partir das vivências e tradições do povo Pankararu.
O Coco das Antigas é composto por oito integrantes de diferentes famílias indígenas e tem como objetivo resgatar uma tradição cultural interrompida em 2000 na comunidade Pankararu. A pesquisa realizada pelo grupo incluiu relatos de anciãos, utilizando a oralidade como instrumento de preservação da história.
A dança do Coco, praticada no território há mais de 70 anos, teria sido introduzida na comunidade com a chegada de uma mulher cearense que trouxe consigo o ritmo, especialmente o Siriri. Com o tempo, a prática foi reduzida devido a questões de saúde, migração e mudanças nas condições de trabalho das mulheres que mantinham a tradição.
Em dezembro de 2024, o grupo foi uma das atrações do Festival No Ar Coquetel Molotov, no Recife. Mais informações sobre as apresentações e oficinas estão disponíveis no perfil do grupo no Instagram: @cocodasantigas.