100 anos de “Mrs. Dalloway”: a marca de Virginia Woolf no modernismo

A obra continua sendo um ponto de referência para a literatura do século XX e influenciou gerações de escritores

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Foto: Divulgação.

A editora Autêntica lançou uma edição comemorativa de Mrs. Dalloway (1925), celebrando o centenário da obra de Virginia Woolf. A nova edição, traduzida por Tomaz Tadeu, tem 240 páginas e está disponível por R$ 84,90.

O romance se passa em um único dia de junho de 1923, acompanhando Clarissa Dalloway, uma mulher da alta sociedade londrina, enquanto ela se prepara para uma festa em sua casa. A narrativa alterna entre o presente e as memórias de Clarissa e de outros personagens, como o soldado Septimus Warren Smith, que sofre de transtorno de estresse pós-traumático devido à Primeira Guerra Mundial. Ao longo da obra, são explorados temas como o tempo, a memória, a solidão e as relações humanas.

A obra é reconhecida pela técnica narrativa que utiliza o fluxo de consciência e uma estrutura não linear. Woolf rompeu com as convenções tradicionais de narrativa, criando uma trama fragmentada que busca representar a subjetividade das personagens e a complexidade da experiência humana. Essa abordagem teve grande influência em escritores subsequentes e na evolução da literatura modernista.

Além de seu impacto literário, Mrs. Dalloway também é relevante no contexto da crítica feminista, abordando questões de gênero e as limitações sociais impostas às mulheres em sua época. A escritora, ao lado de seu marido Leonard Woolf, fundou a Hogarth Press, que publicou obras de importantes escritores modernistas. O romance é frequentemente analisado em estudos literários e também inspirou adaptações para o cinema e teatro, como no filme As Horas (2002), baseado no livro de Michael Cunningham.

A obra segue sendo uma referência importante na literatura, com discussões contínuas sobre seus temas e sua técnica narrativa, destacando-se entre as principais contribuições de Virginia Woolf ao modernismo e à literatura do século XX.