O novo álbum do BRAZA, Baile Cítrico Utrópico Solar, chega como um convite à celebração da vida, da coletividade e da dança, sem abrir mão da crítica e da reflexão. Com composições gravadas em locais de natureza exuberante, como praias e cachoeiras, o trabalho traduz em som uma experiência sensorial solar, leve e vibrante. O disco chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (06) e conta com participações de artistas como Josyara, Ponto de Equilíbrio, Ragg e Pump Killa.
O título faz jus à energia do trabalho, um baile por diferentes estéticas e referências que se encontram sob um mesmo sol. O nome nasceu ao fim de um processo criativo em conjunto que, apesar de inusitado, sintetiza bem o conceito.
“A gente sempre buscou o baile no sentido da festa democrática e dançante. O cítrico remete à caipirinha, ao verão. ‘Utrópico’ é uma palavra inventada, que junta os trópicos com a ideia de utopia, e ‘solar’ porque tudo foi feito sob o sol. O resultado é um som com luz”, explica Danilo Cutrim, guitarrista e vocalista.
“Nosso som é um convite à reflexão, mas sem perder a leveza. É sobre provocar o pensamento, não impor verdades. Porque pensar também pode ser divertido, também pode ser dançante”, comenta Pedro Lobo, baixista e vocalista da banda.
Para o tecladista Vitor Isensee, a escolha de palavras para nomear o trabalho carrega também uma provocação poética. “É o maior nome de disco que a gente já colocou em um álbum [risos], mas que traduz muito do que ele representa. A festa é tratada não só como entretenimento, mas como forma de manifestação e resistência. É uma proposta de alegria com consciência, um convite à dança, à leveza e à coletividade.”

Participações especiais
Entre os destaques do álbum estão as participações de Pump Killa e Ragg, nomes fortes do dancehall nacional. “São amigos antigos, especialistas no ragga, com uma energia contagiante. Quando surgiu a faixa, a ideia de chamá-los foi imediata”, diz Danilo. Já a parceria com a banda Ponto de Equilíbrio, em “Vai Dar Bom”, veio de uma conexão antiga de estrada. “Essa já era uma música pensada pra eles. A resposta foi muito amorosa. Eles somaram com muito talento e alma”, destaca o guitarrista.
A participação da cantora Josyara foi outro ponto alto. “Sempre fui encantado pelo trabalho dela, sou fã de MPB. A gente tinha pouco contato, mas mostrei a faixa e ela topou de primeira. Foi coisa linda!”, lembra Danilo. “A voz dela é linda, o talento é enorme. ‘Raio de Sol’ ficou sensacional com ela”, reforça Vitor.
A produção musical também marcou uma novidade: o álbum foi produzido por Iuri Rio Branco, que trouxe frescor e novas texturas ao som da banda. “Foi a primeira vez que um dos nossos álbuns inteiros teve um produtor. O Iuri está muito ativo na cena contemporânea, produzindo gente como Don L, Marina Sena, Liniker. Ele trouxe um olhar muito potente e atual pro disco”, elogia Vitor.
