A premiação do Prêmio Jabuti 2023 nesta terça-feira (5) anunciou os vencedores da edição deste ano. Na categoria de Histórias em Quadrinhos, Marcelo D’Salete venceu a categoria com Mukanda Tiodora (2022). Esta é a 2ª vitório de D’Salete no prêmio Jabuti, já que em 2018 ele levou o prêmio com a HQ Angola Janga que falava de personagens marcantes no Quilombo dos Palmares durante o período colonial.
A HQ está ambientada numa São Paulo do século 19 que vive o momento de crise do sistema escravocrata enquanto as ideais abolicionistas tomam proporções maiores, circulando especialmente na Faculdade de Direito, onde os intelectuais negros já se articulavam em oposição ao escravismo.
![Copia de Post Noticias Padrao 10](https://controle.revistaogrito.com/wp-content/uploads/2023/11/Copia-de-Post-Noticias-Padrao-10-1024x551.jpg)
Na lista de indicações, D’Salete concorria com nomes como A Batalha, de Eloar Guazzelli e Fernanda Verissimo, publicado pela Quadrinhos na Cia, A Coisa, de Orlandeli e publicada pela Gambatte e Vitor Cafaggi, com Franjinha: Contato, publicado pela Panini Comics.
Controvérsia
Nas indicações deste ano, o Prêmio Jabuti enfrentou algumas questões envolvendo classificados, o que, posteriormente, resultou em duas desclassificações. O livro “Frankenstein”, pelo Clube da Literatura, foi desclassificado da categoria “Ilustração” por ter sido produzido com o auxílio de inteligência artificial.
As outras desclassificações ocorreram na própria categoria de História em Quadrinhos. A infância no Brasil de José Aguiar e Indivisível, de Marília Marz, foram retiradas da lista de semifinalistas por quebram o critério do ineditismo já que ambas já haviam sido lançadas antes de 2022.