Janela de Cinema divulga lista de curtas em competição

Cachorro curta
Cena de Cachorro, um dos curtas selecionados. (Divulgação).
Cachorro curta
Cena de Cachorro, um dos curtas selecionados. (Divulgação).

O festival Janela Internacional de Cinema divulgou a seleção de curtas nacional e internacional da edição deste ano.

Mostra competitiva traz 39 filmes de 19 países. Entre as produções da lista, todas inéditas no Recife, destacam-se o mineiro Nada, de Gabriel Martins, e o francês La Bouche, de Camilo Restrepo, selecionados para o Festival de Cannes 2017, além do pernambucano Terremoto Santo, de Barbara Wagner e Benjamin de Burca, que aborda o universo da comunidade evangélica em première mundial no Janela.

O festival acontece entre os dias 3 a 12 de novembro, no Recife.

Este ano o festival recebeu o montante expressivo de 1.350 trabalhos de 47 países na etapa de inscrição, encerrada em julho passado.

Na mostra nacional, participam curtas de sete estados. De Pernambuco, foram selecionados três trabalhos: “Terremoto Santo”, de Barbara Wagner e Benjamin de Burca (em première mundial no Janela), O peixe, do artista visual alagoano e radicado pernambucano Jonathas de Andrade (apresentado pela primeira vez na 32ª Bienal de São Paulo) e O olho e o espírito (PE), de Amanda Beça.

O curta mineiro Nada, de Gabriel Martins, selecionado para a mostra Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes deste ano e vencedor do prêmio de melhor trilha sonora no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, é um dos destaques da edição.

O Peixe, destaque da safra pernambucana de curtas. (Divulgação).

O realizador paulista Gustavo Vinagre, aclamado com o premiado média-metragem Nova Dubai, de 2014, está presente na competitiva com duas produções: Filme-catástrofe e Cachorro.

Entre os filmes internacionais, há um equilíbrio entre as diferentes origens, com uma leve dianteira em produções da França, Portugal e dos Estados Unidos. A maior parte estreou em diferentes seções dos principais festivais de cinema no mundo, a exemplo de Cannes e Clermont Ferrand (França), Berlim (Alemanha), Roterdã (Holanda) e Locarno (Suíça), como Jeunes hommes à la fenêtre, de Loukianos Moshonas, que tem première brasileira no Janela.

Destaca-se também, na seleção estrangeira, o francês La Bouche, de Camilo Restrepo, que estreou na última Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Trata-se de uma história de luto e vingança contada como um musical percussivo, conduzido com alta vibração por Restrepo, que nas duas últimas edições do Janela saiu premiado.

Questionador também dos limites do queer e do pornô, o lendário diretor de cinema adulto Bruce LaBruce aparece com seu Refugee’s welcome, obra que tematiza o drama dos refugiados na Europa pela história de amor entre um poeta sírio e outro imigrante tcheco.

Os curtas vão competir nas categorias melhor som, montagem, imagem e melhor filme. Veja abaixo a lista dos selecionados.

Curtas nacionais

A barca do sol (MG), de Leonardo Amaral

As melhores noites de Veroni (AL), de Ulisses Arthur

A passagem do cometa (SP), de Juliana Rojas

Borá (RJ), Angelo Defante

Cachorro (SP), de Gustavo Vinagre

Deus (RS/SP), de Vinícius Silva

Experimentando o vermelho em dilúvio (RJ), de Michelle Mattiuzzi

Filme-catástrofe (SP), de Gustavo Vinagre

Filme de rua (MG), de Joanna Ladeira, Paula Kimo, Zi Reis, Ed Marte, Guilherme Fernandes, Daniel Carneiro

Nada (MG), de Gabriel Martins

O olho e o espírito (PE), de Amanda Beça

O peixe (PE), de Jonathas de Andrade

Pele suja, minha carne (RJ), Bruno Ribeiro

Rei (RJ), de Alfreu França

Retratos para você (SP), de Pedro Nishi

Terremoto Santo (PE), de Barbara Wagner e Benjamin de Burca

Torre (SP), de Nadia Magolini

Travessia (RJ), de Safira Moreira

Vando vulgo vedita (CE), de Andréia Pires e Leonardo Mouramateus

Curtas internacionais

Armageddon 2 (CUB), de Corey Hughes

Borderhole (MEX/EUA/COL), de Amber Bemak e Nadia Granados

Cipka / Pussy / Periquita (POL), de Renata Gasiorowska

Coelho mau (POR), de Carlos Conceição

Employee of the month / Empregado do mês (PHI/SIN), de Carlo Francisco Manatad

Everything / Tudo (EUA/IRL), de David O’Reilly

Green screen gringo / Gringo da tela verde (HOL/BRA), de Douwe Dijkstra

Impossible figures and other stories II / Figuras impossíveis e outras histórias II (POL), de Marta Pajek

Jeunes hommes à la fenetre/ Jovens homens na janela / Young men at their window (FRA), de Loukianos Moshonas

Keep that dream burning / Deixe esse sonho arder (AUS/ALE), de Rainer Kohlberger

La Bouche (FRA), de Camilo Restrepo

Meryem (HOL), de Reber Dosky

Min börda / O fardo (SUE), de Niki Lindroth von Bahr

Nyo Vweta Nafta (POR/MOZ), de Ico Costa

Os humores artificiais (POR), de Gabriel Abrantes

Poke (FRA), de Mareike Engelhardt

Refugee’s welcome / Refugiados bem-vindos (ALE/ESP), de Bruce LaBruce

Superbia (HUN/CZE/SVK), de Luca Toth

The rabbit hunt / A caça ao coelho (EUA/HUN), de Patrick Bresnan

Tudo o que imagino (POR), de Leonor Noivo