O Festival Literário das Periferias de Recife (Fliperifa) conclui a 2ª edição nesta quinta-feira (19), no Ladobeco, que fica no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. O tema deste ano é “Leia a Rua”. Todos os três encontros, sempre começando às 14h e seguindo até o turno da noite, aconteceram no mês de junho deste ano, nos espaços artístico-culturais e escolas nas comunidades das Zonas Oeste, Sul e Norte da cidade. Toda a programação é gratuita, sendo pensada especialmente para crianças e adolescentes.
A roda de conversa “Estratégias de divulgação: literatura e redes sociais”, com Ester Dsan, Arteiro Poeta e Larissa Calado, abre a movimentação no “Ladobeco”, seguida pela oficina “Vivências de mapas afetivos e poesia”, de Cris Venceslau. Ainda na culminância, o recital de poesia com o Slam das Minas PE tem uma premiação em dinheiro para a batalha: R$ 200 (1ª colocação), R$ 130 (2ª colocação) e R$ 70 (3ª colocação).
A programação também está com espaço aberto para participação e atrações culturais como Coco de Água Doce e Okado do Canal, a partir das 19h30, além da apresentação do Coletivo Família Malanarquista, do Recife, com malabarismo, circo e arte de rua.
O Festival Literário das Periferias de Recife (Fliperifa) valoriza a literatura recifense, pernambucana e também nacional. Este ano, a “Afetoteca” (biblioteca comunitária), no bairro de Roda de Fogo, recebeu a abertura das atividades. Já no último domingo (15), o encontro ocorreu no “Cores do Amanhã” (organização não governamental – ONG), no bairro do Totó.
A programação dispõe de acessibilidade comunicacional (intérprete de libras em um dos dias) e espaço infantil, além de oficinas, rodas de conversa, feira de livros, atrações culturais, recital de poesia e atividade circense. Uma das ações coletivas de divulgação é a da colagem de lambes nas proximidades dos locais que estão sendo ocupados pelo festival.

A ideia deste festival de arte, educação e literatura é da pedagoga, educadora social e produtora cultural pernambucana Palas Camila. A curadoria é realizada pela poeta, escritora, cantora e compositora Bell Puã, pernambucana do Recife e cria do movimento Slam das Minas PE, além de autora de três livros. Ela também atuou como curadora na 1ª edição do Fliperifa.
“O Fliperifa está voltando às ruas e quem recebe essa celebração de palavra, afeto e resistência são três territórios de potência viva. Em 2025, o festival literário também mantém sua identidade de fortalecimento e valorização das mulheres negras e da periferia, que são pérolas, e de reconhecimento das pessoas das próprias comunidades e dos próprios espaços culturais dentro de territórios periféricos no Recife. Na programação deste ano, a gente consegue ocupar as periferias nas Zonas Oeste, Sul e Norte, ampliando o festival. O Fliperifa é leitura viva, é rua que fala e é cultura que abraça”, reforça Palas.
2º Festival Literário das Periferias do Recife (Fliperifa) – “Leia a Rua”
Confira a programação gratuita
19/06 (quinta-feira) – “Ladobeco” (Avenida Professor José dos Anjos, nº 121, bairro do Arruda)
14h – Mesa 3 – “Estratégias de divulgação: literatura e redes sociais”, com Ester Dsan, Arteiro Poeta e Larissa Calado;
16h – Oficina: “Vivências de mapas afetivos e poesia”, com Cris Venceslau
18h – Recital de poesia, com Slam das Minas PE;
19h30 – Culminância: espaço aberto para participação; Coletivo Família Malanarquista; Coco de Água Doce; Okado do Canal.