Com o tema Leia a Rua, a segunda edição do Festival Literário das Periferias do Recife (Fliperifa) segue em circulação neste mês de junho, promovendo atividades gratuitas em comunidades das Zonas Oeste, Sul e Norte da capital pernambucana. Neste domingo (15), o festival acontece na ONG Cores do Amanhã, no bairro do Totó, e retorna na próxima quinta-feira (19) no centro cultural Ladobeco, no Arruda.
- Leia também: Circense pernambucana lança versão brasileira de livro sobre anatomia aplicada ao circo
A iniciativa oferece uma programação diversificada voltada principalmente para crianças e adolescentes, com oficinas, rodas de conversa, feira de livros, espaço infantil, recital de poesia com o Slam das Minas PE, além de atrações culturais como o Coletivo Família Malanarquista, o grupo Coco de Água Doce e o artista Okado do Canal.


Idealizado pela pedagoga e produtora cultural Palas Camila, o Fliperifa tem curadoria da poeta e cantora Bell Puã, que destaca a proposta do festival: “O Fliperifa é leitura viva, é rua que fala e é cultura que abraça”. Para Palas, o evento reafirma o compromisso com a valorização das culturas periféricas: “A gente sonha, escreve e constrói coletivamente um festival com propósito, cuidado e compromisso com quem faz e vive a cultura todos os dias”.
O festival também realiza ações em escolas públicas com a Malateca, biblioteca móvel criada em 2018 por Magda Alves, e dá continuidade às homenagens a mulheres negras de origem periférica. Este ano, as homenageadas são Maria Cristina Tavares, conhecida como Maria Livreira, e a poetisa Joy Thamires.
Com incentivo do edital Multilinguagem da Lei Aldir Blanc Recife, o Fliperifa reforça o intercâmbio cultural entre territórios e promove a literatura como ferramenta de transformação social. “Entre muros e vozes há literatura. A rua também é livro, é mensagem, é arte viva, é palavra que pulsa”, afirma Bell Puã.