Resenha: Syd traz novas ideias ao R&B na estreia solo, Fin

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Parte do The Internet, que por sua vez esteve ligado ao Odd Future (grupo original de Frank Ocean e Tyler The Creator), a cantora Syd se aventura agora em seu primeiro trabalho solo, Fin. Esta sua nova contribuição ao R&B alternativo não chega a impressionar, mas reflete uma maturidade e sofisticação em seu som. O destaque aqui é o quanto ela reforça sua própria personalidade artística, dando um grande salto para se tornar um dos nomes mais relevantes do gênero hoje.

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Em Fin ela reforça sua persona misteriosa, distante, assumindo uma aura ainda mais cool em relação ao seu grupo. As faixas do álbum refletem uma transição para uma nova fase, ainda mais confiante, onde explora batidas mais pesadas como em “No Complaints” ou mais obscuras como “All About Me”, com uma base grave e tensa. O interessante do disco é o quanto Syd abandonou ideias ainda bastante ligadas ao R&B, como o apelo sexy, apostando em outras referências que vão da eletrônica mais experimental ao o reggae.

Com apenas 24 anos, Syd mostra uma estreia sólida que a coloca ao lado de nomes que estão transformando o gênero para além dos clichês, a exemplo de FKA twigs e Autre Ne Veut. Dessa forma, Fin, soa tanto como uma transição como um início de uma artista talentosa e que ainda tem muito a experimentar.

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