O fotógrafo e artista visual pernambucano Gilvan Barreto lança o livro Paraíso pela Editora Cobogó. O material produzido há quase três décadas aborda a relação entre fotografia e texto ao investigar imagens que insinuam como uma paisagem paradisíaca pode ser capaz de camuflar injustiças. De maneira visual e simbólica a obra expõe as feridas abertas nas terras brasileiras.
Paraíso reúne fotografias avulsas, séries fotográficas, livros reinterpretados, colagens, filmes e registros de ação que se combinam, formal e conceitualmente, furto da produção artística e imagética de Barreto, criando diálogos e contrastes, silêncios e discursos.
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O artista, que também realiza filmes e ações performáticas com foco em questões políticas, sociais e ambientais, considera o livro uma espécie de filme. “Entendo-o como um longa-metragem que, mesmo sem essa intenção, venho fotografando há quase três décadas com técnicas e estratégias diversas e sob a influência de momentos políticos diferentes. É, portanto, uma produção múltipla, fragmentada. Um roteiro escrito a partir da natureza, como se a paisagem fosse uma folha em branco na qual o homem registra e revela sua história. E o resultado, as marcas no meio ambiente, expressa quão civilizada é a nossa sociedade”, escreveu na introdução.
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