Paulo Menelau e a resistência do cinema de bairro no Recife

O casal de empresários Paulo e Cristina Menelau: três cinemas comprados (Foto: Isabelle Figueirôa/NE10)
O casal de empresários Paulo e Cristina Menelau: três cinemas comprados (Foto: Isabelle Figueirôa/NE10)
O casal de empresários Paulo e Cristina Menelau: três cinemas comprados (Foto: Isabelle Figueirôa/NE10)

Aos 14 anos, ele estreou como produtor de filmes. Foi um dos fundadores do Grupo de Cinema Super 8 de Pernambuco e, anos mais tarde, abriu a primeira locadora de vídeo do Recife. Do garoto que viu surgir o Movimento Super 8 no terraço da sua casa, Paulo Menelau transformou-se num empresário da sétima arte. Hoje ele é proprietário de três cinemas de bairro no Estado – resistindo à pressão das grandes redes nacionais – e pretende, até 2015, estender a PMC Cinemas Moviemax para vinte salas, adentrando, inclusive, em shoppings do Grande Recife.

A paixão pelo cinema foi herdada do pai, Paulino Menelau, que montou uma espécie de cinema dentro da casa de veraneio, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, no início da década de 1970, e passava os filmes de graça nos finais de semana. “O projetor ficava no terraço e a tela, no meio da rua”, lembra o filho. A intimidade com o universo do cinema, em particular o Super 8, despertou no pequeno Paulo a vontade de estar atrás das câmeras e, durante toda a adolescência – dos 14 aos 18 anos – dedicou-se à produção de filmes, começando com El matador, um stop motion. Na sequência, Despertar de um Sonho, Reflexos (que recebeu prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Cinema do Ceará), Por Que Tem Que Ser Assim?, O Homem e a Gravata, La Declaracion, Gente Humilde e Entrada Franca. Todos em curta-metragem e com uma profunda conotação de crítica social. Leia o perfil completo de Paulo Menelau no NE10.

Aqui, um curta recente de Menelau, sobre o Rosa e Silva.