Editoras registram crescimento expressivo nas vendas durante a Bienal do Livro Rio 2025

Editoras como Sextante, Arqueiro e Intrínseca comemoram resultados acima do esperado já no primeiro fim de semana

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Foto: Divulgação.

O primeiro fim de semana da Bienal do Livro Rio 2025, realizada no Riocentro, registrou resultados expressivos para editoras de diferentes portes e segmentos. Organizado pela GL events em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o evento teve ingressos esgotados no sábado (14) e intensa movimentação nos estandes. Algumas casas editoriais já superaram 50% do faturamento obtido em toda a edição de 2023.

A Editora Sextante e o selo Arqueiro registraram crescimento de 70% nas vendas. No estande da Arqueiro, romances da autora italiana Ali Hazelwood lideraram a preferência do público, com destaque para Um amor problemático de verão. Na Sextante, os leitores priorizaram títulos como A morte é um dia que vale a pena viver, de Ana Claudia Quintana Arantes, e Mistérios do Universo, do Manual do Mundo.

Na Companhia das Letras, o autor Raphael Montes foi o mais procurado. Entre os títulos mais vendidos também estão os da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, uma das atrações internacionais do evento, como A contagem dos sonhos e O lenço de cetim da mamãe.

Estreante nesta edição, a DarkSide Books chamou atenção com a Casa Dark, um estande imersivo de 300m² que atraiu filas constantes. Os livros mais vendidos até agora incluem Lady Killers, Wicked, Floriografia, Box Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho, Box Monstros Reais e O Colecionador.

A Intrínseca registrou aumento de 63% no faturamento. Entre os destaques, estão os livros da autora Lynn Painter, com o lançamento Sorte no amor somando, junto a outros títulos da escritora, mais de 5 mil exemplares vendidos. “A Bienal do Livro é um evento que consegue nos surpreender todos os anos. Estamos com o nosso maior estande da história e com 11 caixas que trabalham sem parar, isso garante uma experiência de compra bacana e rápida para os nossos leitores, mas o volume só cresce. A expectativa é que a gente encerre mais esse evento com muitos motivos para comemorar. Não só pelo faturamento, mas principalmente pela alegria de ver tanta gente jovem se interessando pelos livros que lançamos todos os anos. É muito gratificante ver lançamentos recentes lado a lado de clássicos de quase 20 anos de sucesso”, declarou Vanessa Oliveira, gerente de Marketing da editora.

Na HarperCollins, os livros de colorir de Bobbie Goods lideraram as vendas, seguidos pelas obras de Agatha Christie e pelo título Como se tornar um cristão inútil, de Rodrigo Bibo. A editora já alcançou mais da metade do faturamento total obtido na edição de 2023.

O Grupo Editorial Record registrou crescimento de 45%, impulsionado por títulos como A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig, e Tudo é Rio, de Carla Madeira. Na Cortez Editora, o educador Allan Pevirguladez foi responsável por dois dos livros mais vendidos, com estimativa de aumento de 10% nas vendas.

O Grupo Editorial Aleph também cresceu 10%, com destaque para Condição Artificial e Eu Sou a Lenda. Já a Rocco comemora sua melhor largada na história da Bienal, com aumento de 42% no faturamento. Entre os livros mais vendidos estão Amanhecer na Colheita, de Suzanne Collins, Powerless, de Lauren Roberts, e A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.

“O sábado foi um recorde histórico de visitação no estande. Alguns dos livros mais vendidos chegaram a esgotar e, já no sábado à noite, tivemos que puxar uma nova remessa de títulos que só estavam programados para recebermos na segunda. Especialmente ‘romantasias’ e Clarice Lispector tiveram muita saída”, afirmou Bruno Zolotar, diretor Comercial e de Marketing da Rocco.

A Globo Livros também apresentou desempenho expressivo, com 50% de crescimento nas vendas. Os títulos Assistente do vilão, de Hannah Nicole Maehrer, e Uma janela sombria, de Rachel Gillig, lideraram as preferências do público.

Na Ediouro, o aumento foi de 23%. A editora destaca o bom desempenho de produtos como a Coleção Elo Monsters Books e Taylor Swift Style. “O resultado reflete não só a força do nosso catálogo, mas também o engajamento dos leitores e a grande movimentação no estande. Cada encontro, cada livro autografado e cada história compartilhada fazem parte desse crescimento que nos enche de orgulho. A gente encontra um consumo que, apesar de ser majoritariamente jovem, encontra linhas mais clássicas que continuam vendendo muito bem”, disse Bruno Mendes, diretor de Marketing e Comercial do grupo.

Estreando na Bienal, o Grupo Elo Editorial atraiu famílias e crianças com títulos como O Bebê Lê o Mundo e A Girafa que Comeu a Lua, voltados para o público infantil. A Todavia, por sua vez, teve como campeões de venda os premiados Torto Arado e Salvar o fogo, de Itamar Vieira Júnior, e A Vegetariana, de Han Kang.

A VR Editora aumentou em 11% suas vendas, com destaque para a série Diário de um Banana e A Princesa e o Queijo Quente. A projeção da editora é fechar o evento com crescimento de 22%.

As editoras cristãs também se destacaram no início da Bienal. A Editora Mundo Cristão apontou como mais vendidos Arruinados pelo amor de Deus e Corajosas. Já a Editora Vida teve boa receptividade com obras de Viviane Martinello e Seu maior problema é você, de Diego Menin.

“A Bienal do Livro do Rio tem sido um grande sucesso. Para nós, as obras de ficção cristã têm desempenhado um papel excepcionalmente destacado. Além disso, os lançamentos de não ficção também atraíram filas expressivas, evidenciando o acerto em retomar a nossa participação na Bienal após 17 anos”, afirmou Renato Fleischner, diretor de Operações da Editora Mundo Cristão.

O evento segue até o dia 22 de junho.