Dossiê: O teatro pernambucano hoje, crise e transformação

teatro capa

Apesar das dificuldades atuais provocadas principalmente pela falta, por parte do poder público, de uma política cultural bem estruturada para as artes cênicas, a cena teatral recifense continua viva e inquieta. O sucateamento dos teatros da cidade do Recife, a tímida ajuda oficial via editais, e uma plateia que prestigia pouco as produções locais são obstáculos para levar um espetáculo adiante. Mas os artistas não se rendem e continuam lutando com as armas que tem: fazem teatro em espaços alternativos – em casa ou nas ruas -, apostam na renovação estética e na experimentação para conquistar novos espectadores e, enquanto criticam de forma contundente o descaso dos governantes com relação a cultura, arregaçam as mangas e vão à luta.

É com esse espírito que O Grito! reuniu textos de diversos colaboradores da cena teatral local para mostrar um pouco o que anda sendo feito e como se virar nesses tempos tão sombrios de retrocesso político e ameaça às conquistas sociais que o Brasil vivenciou nos últimos anos. Agradecemos a Márcio Bastos, Stella Maris Saldanha, Marcondes Lima, Pedro Vilela, Igor Almeida, Edivane Bactista, Rodrigo Dourado, Cleyton Cabral e Fred Nascimento por dedicarem um pouco do seu tempo para contribuir com nossa revista. Acreditamos ser um bom ponto de partida para estimular o debate e a reflexão. Viva o Teatro!

Dossiê Teatro em PE

PANORAMA CRÍTICO: No Recife, uma cena em transição
Em meio a transformação do cenário local e sucateamento de teatros, artistas buscam novos caminhos para se manter em cena

Teatro Alternativo, poéticas e estéticas
O que faz um trabalho teatral ser alternativo? Cena hoje é heterogênea e multifacetada

Entrevista com Stella Maris
“Montar espetáculos no Recife é matar um leão por dia”

Teatro em Casa, um canto para sonhar e resistir
A partir do jargão literal “Hoje, tivemos Casa Cheia!”, grupos driblam dificuldades com a experiência de encenar em residências

Teatro infantil (r)existe
Com diversidade estética e de gêneros, montagens para crianças lutam para sobreviver respeitando a inteligência dos pequenos

O estado de espírito dramatúrgico de Puro Lixo
No coletivo, foi preciso instaurar um espírito de grupo: um grupo de estudos, um grupo de teatro, um grupo de artistas reunidos

Nascido do caos, o coletivo Magiluth
Alguma coisa está fora da ordem? ou Uma tentativa de ordenamento em apenas uma camada do caos

A via híbrida do Coletivo Angu de Teatro
Coletivo provoca fricção entre o ficcional e o não ficcional e trafega no que ficou conhecido como Teatro Pós-Dramático

Carta do artista: Clayton Cabral

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