Crítica: Vanguart | Muito Mais Que O Amor

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REENCONTRANDO A FELICIDADE
Vanguart deixa o romantismo punk de lado e entrega disco mais delicado e pop

A premissa seguida neste terceiro disco do Vanguart é um folk mais ensolarado, com letras de alguém que já sofreu demais por amor nos discos anteriores e que agora curte uma fase mais madura. É também sobre uma banda que decidiu apostar em uma proposta mais pop sem para isso destruir seu DNA. O romantismo está bem menos rasgado que na estreia (sdds, “Semáforo”, “Cachaça”, “Enquanto Isso na Lanchonete”, da fase inicial).

Perseguindo esse lado menos “punk” no seu som, o novo disco do Vanguart parece militar na delicadeza, o que pode afastar alguns fãs que se acostumaram com o estilo menos fofo. Produzido pela banda junto com o produtor Rafael Ramos, o grupo de Cuiabá está decidido a dar uma guinada em direção a um público maior. Para dialogar fora de seu universo já conhecido, foi preciso arriscar uma mudança de direção.

Faixas como “Sempre Que Estou Lá” e “Meu Sol” caminham bem rente ao gênero sertanejo sem nunca se entregar totalmente. Outras faixas estão apenas aquém do que o grupo já mostrou, como é o caso de “O Que Seria de Nós” e “Mesmo de Longe”, sobretudo no que diz respeito aos versos, que já foram mais criativos. Mas há bons momentos como “Estive” e “Demorou Pra Ser”, que já podem entrar no rol dos hits do grupo.

O Vanguart já pode se considerar um grupo maduro na apropriação que fez do country-folk norte-americano e segue fazendo boas misturas com a música popular brasileira. O último trabalho, Parte de Mim Vai Embora era melancólico e soturno, perfeito para momentos introspectivos. Muito Mais Que O Amor busca uma direção oposta. Ainda que este não seja seu melhor momento, é um trabalho de uma banda de personalidade bem definida e que decidiu mudar. [Paulo Floro]

vanguart-discoVANGUART
Muito Mais Que O Amor
[Deck, 2013]
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Nota: 7,0

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