Cine PE consagra “A Melhor Mãe do Mundo”, de Anna Muylaert, como melhor filme

Mykaella Plotkin, do longa pernambucano Senhoritas, venceu como Melhor Direção

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Mykaela Plotkin venceu como melhor diretora. (Foto: Felipe Souto Maior/Divulgação).

A 29ª edição do Cine PE chegou ao fim na noite deste domingo (15), no Cinema do Teatro do Parque. O longa A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, foi escolhido como Melhor Filme pelo Júri Oficial. Já o público escolheu Nem Toda História de Amor Acaba em Morte, de Bruno Costa. Mykaella Plotkin, do longa pernambucano Senhoritas, venceu como Melhor Direção.

O Júri Oficial da Mostra de Longas-Metragens foi composto por Daniel Bandeira, David Schurmann, Helga Nemetik, Rosemberg Cariry e Vânia Lima.

Na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos, o destaque foi Esconde-esconde, de Vitória Vasconcellos, que levou três Calungas de Prata: Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Fotografia. Já na Mostra Nacional, o grande vencedor foi o curta de animação Kabuki, de Tiago Minamisawa, premiado em quatro categorias: Melhor Filme, Direção, Direção de Arte e Trilha Sonora.

O Júri Popular consagrou como Melhor Curta Pernambucano O Carnaval é de Pelé, de Lucas Santos e Daniele Leite, e como Melhor Curta Nacional Depois do Fim, de Pedro Maciel.

O júri das mostras de curtas foi formado por Elias Oliveira, José Araripe Jr., Marcos Pierry, Renata Boldrini e Viviane Pistache.

A crítica especializada também premiou suas escolhas. O Júri da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), composto por Neusa Barbosa, Roger Lerina e Laura Machado, concedeu o prêmio de Melhor Longa para Senhoritas, de Mykaella Plotkin, e o de Melhor Curta Nacional para Casulo, de Aline Flores.

O júri oficial de Curtas Pernambucanos concedeu uma menção honrosa para o filme Lança-Foguete, de William Oliveira, pela iniciativa de buscar uma representação diferenciada e criativa da comunidade trans por meio do exercício da ficção científica.

O júri oficial de Curtas Metragens Nacionais decidiu conceder uma menção honrosa para a atriz Divina Valéria, pela ousadia e brilhantismo na sua interpretação no filme “Cavalo Marinho”, do diretor Léo Tabosa, de Pernambuco.

Leandra Leal
Leandra Leal no Teatro do Parque. (Foto: Felipe Souto Maior/Divulgação).

Homenagem

Na noite desta sábado (14), o 29º Cine PE celebrou a carreira Leandra Leal. A atriz, diretora e produtora recebeu o Calunga Dourada como reconhecimento por sua contribuição ao cinema nacional. No palco do Cinema do Teatro do Parque, Leandra reforçou que o gesto tem um sabor especialmente simbólico, já que foi na primeira edição do Festival que ela despontou no seu primeiro longa-metragem, A Ostra e o Vento, de Walter Lima Jr., filme que, à época, conquistou o júri e foi premiado no Cine PE.

Coube ao diretor de fotografia e cineasta Walter Carvalho a entrega do troféu, em um discurso poético. Entre lembranças e metáforas, ele exaltou a beleza e o talento da atriz. “Zeux pintou a mulher ideal com traços de várias mulheres da Grécia Antiga. Mas sabem por que ele fez isso? Porque ele não conhecia a Leandra Leal”, disse.

Ao receber a estatueta, Leandra também refletiu sobre a construção da própria trajetória e o quanto o cinema atravessa todas as camadas de sua existência. “A minha vida é definida pelos trabalhos que eu estava fazendo naquele momento. Hoje está sendo muito bonito olhar para essas personagens todas e admirar. Olhar para si e gostar do que se vê”, afirmou.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS VENCEDORES

LONGAS-METRAGENS – JÚRI OFICIAL

Melhor Filme:
“A Melhor Mãe do Mundo”, de Anna Muylaert (SP)
Melhor Direção:
Mykaella Plotkin – “Senhoritas” (PE)
Melhor Roteiro:
Anna Muylaert – “A Melhor Mãe do Mundo” (SP)
Melhor Fotografia:
Cris Lyra – “Senhoritas” (PE)
Melhor Montagem:
Fernando Stutz – “A Melhor Mãe do Mundo” (SP)
Melhor Edição de Som:
Rosana Stefanoni – “Itatira” (SP)
Melhor Direção de Arte:
Ana Mara Abreu – “Senhoritas” (PE)
Melhor Trilha Sonora:
Diogo Felipe – “O Ano em que o Frevo Não Foi para Rua” (SP)
Melhor Ator Coadjuvante:
Genézio Barros – “Senhoritas” (PE)
Melhor Atriz Coadjuvante:
Rejane Farias – “A Melhor Mãe do Mundo” (SP)
Melhor Ator:
Octávio Camargo – “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte” (PR)
Melhor Atriz:
Shirley Cruz – “A Melhor Mãe do Mundo” (SP)

CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS – JÚRI OFICIAL
Melhor Filme:
“Esconde-esconde”, de Vitória Vasconcellos
Melhor Direção:
Vitória Vasconcellos – “Esconde-esconde”
Melhor Roteiro:
Xulia Doxagui – “Babalu é Carne Forte”
Melhor Fotografia:
João Rubio Rubinato – “Esconde-esconde”
Melhor Montagem:
Priscila Nascimento – “Sonho em Ruínas”
Melhor Edição de Som:
Priscila Nascimento – “Sonho em Ruínas”
Melhor Direção de Arte:
Alex Ferreira – “Babalu é Carne Forte”
Melhor Trilha Sonora:
Grupo Boi Tira-Teima – “O Carnaval é de Pelé”
Melhor Ator:
Asaías Rodrigues – “Sertão 2138”
Melhor Atriz:
Clau Barros – “Sertão 2138”

CURTAS-METRAGENS NACIONAIS – JÚRI OFICIAL
Melhor Filme:
“Kabuki”, de Tiago Minamisawa (SP)
Melhor Direção:
Tiago Minamisawa – “Kabuki” (SP)
Melhor Roteiro:
Aline Flores – “Casulo” (SP)
Melhor Fotografia:
Elisa Ratts – “A Caverna” (PR)
Melhor Montagem:
Marília Albuquerque – “Liberdade Sem Conduta” (RN)
Melhor Edição de Som:
Augusto Krebs – “O Último Varredor” (MT)
Melhor Direção de Arte:
Guilherme Petreca – “Kabuki” (SP)
Melhor Trilha Sonora:
Gustavo Kurlat e Ruben Feffer – “Kabuki” (SP)
Melhor Ator:
Rafael Lozano – “Depois do Fim” (SP)
Melhor Atriz:
Aline Flores – “Casulo” (SP)

PRÊMIOS ESPECIAIS
Melhor Curta Nacional segundo a Abraccine:
“Casulo”, de Aline Flores (SP)
Melhor Longa segundo a Abraccine:
“Senhoritas”, de Mykaella Plotkin (PE)
Melhor Curta Pernambucano – Júri Popular:
“O Carnaval é de Pelé”, de Lucas Santos e Daniele Leite
Melhor Curta Nacional – Júri Popular:
“Depois do Fim”, de Pedro Maciel (SP)
Melhor Longa – Júri Popular:
“Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”, de Bruno Costa (PR)