Território de experiências sonoras marcadas pela diversidade e vanguarda, o Rec-Beat anuncia seis atrações internacionais que reforçam a personalidade do festival como um radar afiado de novas tendências musicais de diferentes partes do mundo.
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Yudith Rojas & Niccole Meza (Cuba/Venezuela), Enkelé (Colômbia), Catu Diosis (Uganda), Nídia (Portugal), Lander & Adriaan (Bélgica) e Pongo (Angola) são os nomes que se apresentam na edição deste ano, que acontece no Cais da Alfândega entre os dias 1º e 4 de março, com acesso gratuito.
As atrações traduzem o interesse do Rec-Beat em apresentar ao público artistas que reverberam a efervescência da musicalidade afrolatina e caribenha. Este ano, o festival receberá o duo Yudith Rojas & Niccole Meza e seu olhar contemporâneo do jazz. As jovens instrumentistas fundem em sua performance ritmos como salsa, samba, danzón e bossa.
Da América do Sul, o público irá conhecer a vibrante harmonia vocal do Enkelé, um grupo que traz ao palco a energia dos “bailes cantados” colombianos. Formado inteiramente por mulheres de diferentes partes da Colômbia, as integrantes fazem um show cheio de energia e cantam em suas letras o amor ao seu território e a potência da mulher latina.



Da África (e sua diáspora) estarão presentes artistas interessados no diálogo da música eletrônica com os diferentes estilos presentes no continente, como o kuduro e o afrobeat. A rapper e DJ angolana Catu Diosis traz beats de graves marcados, sempre com um olhar afrocentrado em suas produções. Além de seus trabalhos autorais, seu set ainda conta uma curadoria de remixes de produções feitas por mulheres africanas. A apresentação tem o apoio do Consulado Geral da Alemanha no Recife, parceiro do festival este ano.
Pongo, de Angola, chamada de “embaixadora do kuduro”, é um dos maiores nomes internacionais desse ritmo. A artista ficou conhecida pelo enorme sucesso de “Kalemba (wegue wegue)” ao lado do grupo Buraka Som Sistema e tem um som que incorpora à música eletrônica elementos de pop, EDM, beats brasileiros e ritmos africanos.
Produtora e DJ afro-portuguesa, de ascendência cabo-verdiana e guineense, Nídia promove a cultura kuduro em todos os seus trabalhos,mas com uma estética sonora de texturas musicais suaves em fusão com ritmos mais agressivos e acelerados pensados para a pista de dança. Sua música apresenta um intercâmbio com elementos de dance music, afrobeats e UK grime. A apresentação conta com o apoio do Camões – Centro Cultural Português em Brasília.
Completa a escalação internacional deste ano a dupla belga Lander & Adriaan, que combinam sintetizadores digitais e sonoridades da dance music dos anos 1990 com a sofisticação da bateria jazzística. Eles são considerados os maiores expoentes de uma nova onda do jazz europeu. Seu estilo, altamente dançante e festivo, pode ser descrito como “rave jazz”.




“O Rec-Beat tem um compromisso claro, consolidado ao longo dos anos, de conectar o público com a música afroiberoamericana, trazendo artistas que refletem a diversidade cultural desses territórios e que moldam a música contemporânea em todo o mundo”, afirma Antonio “Gutie” Gutierrez idealizador e curador do Rec-Beat.
Atrações já confirmadas
O festival este ano já anunciou os shows inéditos no Recife de Duquesa, destaque no hip hop nacional, o projeto paulista de MPB e rap Maria Esmeralda e o efusivo baile black d’Os Garotin (RJ).