Oscar 2023: Ke Huy Quan confirma favoritismo e vence o Oscar de melhor ator coadjuvante

Ator de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo tempo foi quase unanimidade nesta temporada de premiações

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Ke Huy Quan confirmou o favoritismo. (Foto: Arturo Holmes/Getty Images via AFP.)

Depois de brilhar ao longo da temporada de premiações, conquistando os troféus do Globo de Ouro, SAG Awards, Critics Choice Awards e outros importantes da indústria, o artista vietnamita-americano Ke Huy Quan confirmou, neste domingo (12), o status de favorito a vencedor do Oscar, o prêmio máximo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Indicado à categoria de melhor ator coadjuvante, Quan foi premiado por sua performance no longa Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, no qual dá vida a Waymond Wang, o bondoso marido da protagonista Evelyn, interpretada por Michelle Yeoh. Ele concorria à estatueta com Brendan Gleeson (Os Banshees de Inisherin), Brian Tyree Henry (Passagem), Judd Hirsch (Os Fabelmans) e Barry Keoghan (Os Banshees de Inisherin).

Volta por cima

Conhecido por ter participado ainda criança, nos anos 1980, de dois grandes clássicos de Hollywood, Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) e Os Goonies (1985), Ke Huy Quan ficou quase 30 anos sem atuar pelo fato de não encontrar oportunidades na indústria. “É sempre difícil fazer a transição de um ator infantil para um ator adulto. Mas quando você é asiático, é 100 vezes mais difícil”, confessou em entrevista ao jornal The Telegraph.

Foi somente em 2018, depois de assistir Crazy Rich Asians, filme com um elenco inteiramente asiático, que Quan decidiu dar fim ao longo hiato. Cerca de duas semanas depois, ele já estava com o roteiro de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo em mãos e se preparando para sua primeira audição em 26 anos. “Eu ri tanto e chorei tanto que disse à minha esposa: ‘Acho que esse papel foi escrito para mim'”, revelou ao jornal britânico.

Agora, com seus 51 anos de idade, Quan parece ainda não processar todo o sucesso que o cerca. “Eu não tinha ideia de como o público reagiria. Acho que chorei mais nos últimos dois meses do que nos últimos 20 anos”, contou.