A banda capixaba Mukeka Di Rato lançou seu nono álbum de estúdio, intitulado Generais de Fralda. Com produção de Rafael Ramos e gravação realizada no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro, o novo trabalho apresenta 13 faixas que mesclam hardcore com vertente crust, mantendo a sonoridade suja e agressiva característica do grupo, ao lado de letras politizadas e diretas.
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Formado por Fepas (vocal e guitarra), Brek (bateria), Mozine (baixo e vocal) e Paulista (guitarra e vocal), o Mukeka Di Rato completa três décadas de trajetória em 2025. O álbum, que já está disponível em todas as plataformas digitais, também será lançado em CD, LP e fita cassete pela Laja Records.
As composições de Generais de Fralda abordam temas contemporâneos como corrupção, racismo estrutural, genocídio, indústria armamentista, precarização do trabalho e abuso de medicação. O discurso político antifascista segue como uma das marcas da banda.
A faixa-título, “Generais de Fralda”, sintetiza o tom crítico do disco. Outras canções como “Predadores Armados” denunciam a violência policial nas periferias, enquanto “Se Droga Brasil” discute o excesso de medicação e a medicalização da vida cotidiana.
Entre outras faixas, destacam-se ainda “Somente Moedas Acendem Velas”, inspirada em uma igreja que cobra por iluminação em formato de velas, “Tá Fácil Morrer tá Fácil Matar”, com estrutura curta e agressiva, e “Globo da Morte”, que homenageia motociclistas e entregadores de aplicativo, com participação do rapper mineiro FBC.
O disco também traz composições como “Ferrão”, com letra de tom poético e experimental, “Último Dia da Guerra”, inspirada em depoimento de um veterano da Segunda Guerra Mundial, e “Desgraça Capixaba”, primeiro single do álbum, lançado no Natal de 2024, que aborda aspectos críticos do Espírito Santo com arranjo influenciado pelo reggae.