O músico e produtor Mauro Motta faleceu neste sábado (26), aos 77 anos, em Guapimirim, município localizado a cerca de 88 quilômetros do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. Motta enfrentava problemas de saúde há algum tempo.
Nascido no Rio de Janeiro, em 19 de fevereiro de 1948, Mauro Motta iniciou sua trajetória na música ainda na infância, incentivado pela mãe, que o levou a estudar piano aos cinco anos. Em 1968, integrou o grupo de baile Blue Jeans, atuando em circuitos dos subúrbios cariocas, e nesse período iniciou uma amizade com Raul Seixas, então vocalista do grupo Raulzito e Seus Panteras.
Ainda em 1968, Mauro Motta passou a integrar o conjunto Renato & Seus Blue Caps, um dos principais nomes da Jovem Guarda. Instrumentista versátil, destacou-se pelo domínio do teclado Hammond B3 e do cravo barroco.
Sua colaboração com Raul Seixas se fortaleceu a partir da entrada do cantor como diretor artístico da gravadora CBS. Juntos, compuseram canções como “Doce Doce Amor”, gravada por Jerry Adriani em 1973, e “Ainda Queima a Esperança”, interpretada pela cantora Diana.
Mauro Motta também teve músicas gravadas por Roberto Carlos, entre elas “Nosso Amor”, “Eu Me Vi Tão Só” (em parceria com Edu Ribeiro) e “Como Eu Te Amo” (em parceria com Carlos Colla). Além disso, manteve colaboração constante com a dupla Robson Jorge & Lincoln Olivetti, com quem compôs sucessos como “Fim de Tarde” e “Eu Preciso Te Esquecer”, interpretados por Claudia Telles. As faixas “Eu e Ela” e “De Coração pra Coração”, esta última também com participação de Isolda, fazem parte do repertório construído nesse período.
Mauro Motta deixa um legado reconhecido por sua atuação tanto nos bastidores quanto na criação de algumas das músicas populares mais emblemáticas da década de 1970.