Cinema São Luiz: Governo de PE anuncia contrato emergencial para início das obras

As obras são referentes à reparação do sistema de captação de água pluvial, que entrou em colapso durante as fortes chuvas de fevereiro

Cinema São Luiz.
A sala está fechada desde maio do ano passado. (Foto: Reprodução/Facebook).

No mês em que o Cinema São Luiz completa um ano desde seu fechamento pela gestão estadual anterior, o Governo de Pernambuco, por meio da Fundarpe, anunciou a abertura de um cronograma de contratação direta emergencial para execução das obras no sistema de esgotamento de águas pluviais da sala, que sofreu um colapso em fevereiro.

Em reportagem publicada pela Revista O Grito! no final de março, o Superintendente de Planejamento e Gestão do órgão, Fred Almeida, informou que o projeto de licitação para a obra estava sendo elaborado. Agora, com a contratação emergencial, o processo licitatório passa a ser dispensado, o que pode dar celeridade aos reparos da sala.

De acordo com a Fundarpe, as propostas das empresas serão recebidas até esta sexta-feira (19) e o prazo para execução dos serviços será de dois meses, a contar da data da assinatura do contrato.

Demissões

Contudo, não há ainda previsão para reposição do quadro de funcionários da casa. “Pelo fato do cinema estar fechado ao público, para realização de obras, não serão realizadas contratações de funcionários para a sua operação no momento”, disse o órgão em nota enviada à Revista O Grito! nesta segunda (15).

Cinema São Luiz.
Lambe-lambe do @ambarstudiooficial no Recife protesta contra o fechamento do São Luiz. (Foto: Paulo Floro/O Grito!)

Em março, o São Luiz teve sua equipe operacional reduzida sob a justificativa do não funcionamento. Dos sete trabalhadores da sala, quatro foram demitidos. Segundo os ex-funcionários, o tamanho da equipe hoje é insuficiente para dar conta da grandiosidade do aparelho cultural.

O São Luiz é um dos últimos cinemas de rua do Brasil e foi fundado em 1952. Tombado em 2008 como monumento histórico pelo Governo do Estado, o espaço contava com uma programação que foge à lógica do mercado cinematográfico atual.