Exposição destaca a arquitetura moderna tropical no Recife (e alerta sobre seu desaparecimento)

brisa
Rita Azevedo e Mariana Pinheiro (Foto: Divulgação).

A figurinista Rita Azevedo e a designer gráfica Mariana Pinheiro criaram dez estampas para a exposição Brise, provocadas pela percepção do desaparecimento prematuro da arquitetura moderna em edificações de Pernambuco.

O livro Obituário Arquitetônico – Pernambuco Modernista (2007), de Luiz Amorim, é o ponto de partida para a criação das dez estampas elaboradas por Rita Azevedo e Mariana Pinheiro. O trabalho da dupla, que tem incentivo do Funcultura, se inspira no alerta do autor, que pontua o desaparecimento precoce de exemplares significativos da produção arquitetônica, artística e cultural de passado recente. Rita e Mariana levam para os tecidos formas e traços de brises soleils, jardins, pergolados, plantas livres e cobogós, fazendo referência ao conforto ambiental trazido por arquitetas e arquitetos no início do século 20, adaptando o movimento ao clima tropical brasileiro, e relembrando a importância destes elementos à vida local e a conexão entre pessoas, natureza e edifícios.

A exposição é formada por nove colunas de tecidos em algodão de 6,5 metros de comprimento e 90 centímetros de diâmetro, penduradas no salão central do espaço Cícero Dias, aproveitando a iluminação natural das claraboias presentes no teto do museu.

A mostra tem abertura no dia 22 de janeiro, às 19h, no Espaço Cícero Dias, do Museu do Estado e fica em cartaz até 1 de março. Público pode contar com ações de interatividade e a visitação é de segunda a sexta das 10h às 17h e sábado e domingos das 14h às 17h.