Tove Lo
Dirt Femme
Pretty Swede, 2022. Gênero: Pop
Em uma época tão prodigiosa para a música pop, Tove Lo segue marcando presença em uma esquina do gênero dedicada às inovações estéticas que se aproximam do eletrônico house. É uma abordagem mais, digamos, alternativa, sem muita preocupação com charts, recordes, etc. Sem essa pressão, a artista sueca pode explorar diferentes possibilidades em disco bastante positivo em que explora sua própria noção de feminilidade.
É um trabalho em que as batidas e letras convidam para um olhar vibrante sobre a vida, com uma autoestima bem marcada. Dirt Femme é altamente confessional, sexy e inteligente e traz uma artista que reafirma seu interesse em explorar questões como sexualidade, relacionamentos e fama com muita franqueza. Na sonoridade, Tove Lo retorna ainda mais coesa que seus discos anteriores, que sempre foram interessantes, diga-se, mas nada perto da coleção de faixas trazidas por este álbum.

Além dos ótimos singles já lançados anteriormente, como “Grapefruit”, “2 Die 4” e “No One Dies For Love”, o disco traz ainda boas surpresas como “Suburbia”, a balada acústica “Cute & Cruel” com o First Aid Kit, a electrohouse dançante “Call On Me”, com SG Lewis e “Attention Whore”, uma das mais divertidas, com Channel Tres.
Dirt Femme é o retrato de uma artista pop muito segura de sua assinatura artística e do espaço que ocupa dentro do gênero.
Leia mais críticas de discos:
- Sophia Chablau e uma Enorme Perda de Tempo apresenta rock cheio de ironia e deboche
- Doja Cat aposta no rap em Scarlet, mas resultado soa irregular
- Luísa Sonza e a subjetividade transformada em escândalo
- Em GUTS, Olivia Rodrigo encapsula as dores do amadurecimento com pop rock honesto e desenfreado
- Boate Invisível, novo disco de Tata Aeroplano, mistura psicodelia e pop rock