Crítica – Disco: Shamir | Ratched

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Foto: Divulgação.
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Ótima novidade do pop, Shamir tem estreia frustrante em disco

O pop, todos sabemos, precisa introduzir novos sabores às audiências como parte de seu modo de produção. É por isso que um garoto carismático e talentoso como o norte-americano Shamir é um investimento muito interessante nessa indústria. Vendido como uma das maiores novidades da trinca dance-pop, seu primeiro disco, Ratched, acaba de sair.

Com apenas 20 anos, Shamir traz frescor ao pop dançante, segmento que vem recebendo uma injeção de criatividade e boas propostas nos últimos anos. Sua voz é uma mistura de Prince e Michael Jackson no auge dos hits radiofônicos, mas com o alcance vocal e personalidade de Grace Jones. Depois de singles como “On The Regular” e “Sometimes a Man”, é uma pena que seu primeiro álbum chegue tão engessado e pouco “explosivo” como dava a entender que seria seu debut.

Com Northtown, EP de 2014, ele se mostrava um artista disposto a romper com pretensões disco através de uma busca por um diletantismo perdido na pista de dança: suas músicas eram boas, fúteis, uma mistura de tédio da adolescência com uma consciência do poder de impacto do pop. Sabia divertir com uma presença e um carisma únicos.

Agora, com exceção de faixas como “Call It Off”, temos um artista soterrado por convenções e batidas já experimentadas do pop. Com mais experiência e menos pressão, esperamos que Shamir retorne mais ímpeto. [Paulo Floro]

Shamir-RatchetSHAMIR
Ratched
[XL, 2015]

7,0

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