Crítica – Disco: Joyce Moreno | Raiz

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Foto: Divulgação.
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Joyce Moreno celebra herança musical em novo disco

2015 marca o retorno de uma das maiores vozes femininas do Brasil, Joyce Moreno (que a maioria de nós conhece apenas como Joyce). Em Raiz, seu novo disco de bossa nova, ela interpreta um repertório de clássicos do gênero como “Desafinado” (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça), mas traz também produções menos badaladas, mas incríveis como “Tamba”, de Luiz Eça.

Os “standards” que estão no disco são tudo menos óbvios. Se por um lado ela passeia pelo lado mais intimista com sua interpretação malemolente de “Tristeza de Nós Dois”, ela também se joga nos arroubos vocais com “O Morro Não Tem Vez”.

O disco é tão nostálgico quanto catártico. Raiz funciona como uma celebração da sua rica herança brasileira na música pop. Foi Roberto Menescal, já um ídolo da bossa nova, quem a descobriu em 1964 quando tinha apenas 15 anos. E o próprio Menescal retorna aqui para tocar duas de suas faixas mais conhecidas, “O Barquinho” e “Nós e O Mar”.

Versátil e com uma voz que se impõe com personalidade em qualquer composição, Joyce é uma das joias do pop brasileiro que precisam ser melhor reverenciadas. Raiz saiu primeiro no Japão no meio do ano passado. Agora, ganha distribuição em todo o mundo pelo selo Far Out, gravadora britânica especializada em música brasileira. [Fernando de Albuquerque]

joyceJOYCE MORENO
Raiz
[Far Out Recordings, 2015]
Compre: Amazon, iTunes | Ouça: Deezer, Spotify

8,5