Crítica: Air | La Voyage Dans La Lune

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Air retorna com amarras criativas em disco inspirado em clássico do cinema mudo

A dupla francesa Air sofre com a cobrança de superar seus momentos mais inspirados no passado, como os álbuns Moon Safari (a estreia), 10 000 Hz Legend (2001) e Talkie Walkie (2004). Com esse conceitual La Voyage Dans La Lune, parece que eles não conseguirão retomar o posto de relevância dentro da música eletrônica.

O álbum se inspira no filme mudo A Viagem à Lua, de George Meliès, feito em 1902 e aproveitou a versão restaurada do longa que foi exibida ano passado em diversos festivais internacionais. No disco, temos uma série de canções que tentam preencher uma proposta coesa que tanto servem como trilha sonora para o longa restaurado como remetem à ópera sci-fi cheias de bleeps, bloops e melodias atmosféricas que pautou o Air desde os anos 1990.

Destaque para “Seven Stars”, com participação da vocalista do Beach House, Victoria Legrand e “Parade”, um respiro pop dentro de tanto coro e passagens mais lânguidas. La Voyage Dans La Lune comete os velhos erros dos álbuns conceituais que é fazer de sua ideia um limitador da criatividade. Esperamos um Air mais soltinho da próxima vez. [Paulo Floro]

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La Voyage Dans La Lune
[Virgin, 2012]

Nota: 7,0