Brian Wilson, mente por trás dos Beach Boys, morre aos 82 anos

Morte do artista foi confirmada por sua família na tarde de hoje (11)

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(Foto: @brianwilsonlive/ Reprodução)

Brian Wilson, a mente por trás dos icônicos Beach Boys e considerado um dos maiores músicos do século 20, faleceu aos 82 anos. A notícia de sua morte foi dada através de uma publicação nas redes sociais do artista, administrada por sua família.

“É com o coração partido que anunciamos que nosso amado pai Brian Wilson faleceu. Estamos sem palavras neste momento. Por favor, respeitem nossa privacidade neste momento em que nossa família está de luto. Nós sabemos que compartilhamos o luto com o mundo. Amor e misericórdia”, diz a legenda da publicação.

Nativo de Inglewood, Califórnia, Wilson nasceu em 1942 e demonstrou uma relação precoce e natural com a música. Ele formou os Beach Boys junto de seus irmãos Carl e Dennis, e o primo Mike Love, ganhando sucesso com hits como “Surfin” e “Surfin’ USA”. Logo nos anos iniciais Wilson se tornou produtor musical e principal compositor das músicas gravadas pelo grupo. Quase sozinho, Brian produziu o compôs o emblemático disco Pet Sounds (1966), considerado uma obra-prima pela crítica.

Foi durante o auge criativo dos Beach Boys que Wilson entrou em um período difícil por questões de saúde mental. O uso de substâncias psicoativas agravou episódios de instabilidade emocional e distúrbios mentais, que posteriormente foram diagnosticados como transtorno esquizoafetivo e depressão maníaca leve. Nesta época, durante os anos 1970, o artista passou um período de reclusão para cuidar dos problemas de saúde.

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Os Beach Boys (Reprodução/ NPR)

Já na década de 1980, Brian apresentou uma melhora inicial com o acompanhamento do psicólogo Eugene Landy, uma relação que depois se revelou abusiva – principalmente por conta do controle excessivo exercido por Landy. O tratamento só terminou após uma ação judicial movida contra Landy em 1991. No mesmo ano, Wilson foi processado por sua mãe e seus ex-companheiros de banda, Mike Love, Al Jardine e Carl Wilson, por declarações difamatórias publicadas por Brian em sua autobiografia Wouldn’t It Be Nice: My Own Story.

Nos anos 1990, Wilson começou sua recuperação, retomando a carreira solo e lançando álbuns. Na mesma época ele passou a falar abertamente sobre seus problemas e como a música o ajudava a manter o equilíbrio. Em 2024, passou pela perda de sua segunda esposa e empresária, Melinda Ledbetter, e recebeu o diagnóstico de demência.

Por conta de seu estado de saúde, foi estabelecida sua uma curatela, medida jurídica que coloca em outras mãos a administração dos interesses de um indivíduo incapaz de cuidar de si. No caso de Brian, ele passou a ser cuidado por LeeAnn Hard e Jean Sivers, gerentes de longa data.