Ativistas de direitos humanos e opositores ao regime de Putin vencem o Prêmio Nobel da Paz

Ales Bialiatski, de Belarus, a ONG Memorial, da Rússia e a organização ucraniana Centro Para Liberdades Civis foram os vencedores

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Ales Bialiatski, ativista de Belarus, foi um dos vencedores. (Foto: Divulgação).

Representantes da sociedade civil da Rússia, Ucrânia e Belarus, opositores ao regime de Vladimir Putin venceram o Prêmio Nobel da Paz de 2022. O anúncio foi feito nesta sexta (7). A organização do prêmio ainda aproveitou a ocasião para pedir que o presidente russo pare com a repressão aos ativistas de direitos humanos.

Venceram o Nobel da Paz o defensor dos direitos humanos Ales Bialiatski, de Belarus, a ONG de direitos humanos Memorial, da Rússia e a organização ucraniana de direitos humanos Centro Para Liberdades Civis.

A organização do prêmio deixa claro sua neutralidade ao se esquivar de entregar o prêmio para algum governante, o que já aconteceu no passado. Existia a expectativa de que o prêmio fosse concedido ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ao líder de oposição Alexei Navalny e à líder das manifestações em Belarus, Svetlana Tikhanovskaya.

Com exceção de Bialiatsky, os outros dois vencedores são organizações da sociedade civil, o que dá uma clara mensagem da importância das organizações humanitárias e ativistas para a promoção da paz no mundo.

O anúncio do prêmio acontece no aniversário de 70 anos de Putin. “Este prêmio não é dirigido ao presidente Putin, não pelo seu aniversário, ou em qualquer outro sentido – exceto que seu governo, como o governo de Belarus, está representando um governo autoritário que está suprimindo os ativistas dos direitos humanos”, disse Berit Reiss-Andersen, a chefe do Comitê do Nobel. “Os vencedores do Prêmio da Paz representam a sociedade civil em seus países de origem”.

Esta é a segunda vez consecutiva que críticos ao governo Putin recebem o prêmio. No ano passado, o jornalista russo Dmitry Muratov foi o escolhido por sua luta contra a opressão à imprensa no país. Com informações do UOL e NY Times.