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Zé Celso em As Bacantes. (Renato Mangolin/Divulgação).

“Pernambuco é a Grécia do Brasil”, disse Zé Celso durante turnê do Oficina em Olinda

O dramaturgo trouxe quatro peças do Teatro Oficina para apresentações gratuitas no Nascedouro de Peixinhos

Acontecia a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, quando Zé Celso e o seu Teatro Oficina vieram à Olinda para encenar quatro peças: Taniko – O Rito do Mar, Estrela Brazyleira a Vagar – Cacilda!! , além de Bacantes e Banquete. Em qualquer outra circunstância, um acontecimento passado simultaneamente ao dia da eliminação do Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo seria ofuscado. Não uma entrevista com Zé Celso Martinez Corrêa.

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Sobre o desempenho do Brasil, derrotado pela seleção da Holanda apenas uma hora antes, fez troça: “Estou como Garrincha no mundial de 1955, após a derrota pro Uruguai! Ele nem assistiu, estava pescando. Agora vou torcer pro Maradona, um dionisíaco!” provoca.

“A simples presença do diretor envolve os interlocutores numa atmosfera entusiasmante atribuída diretamente ao teor de energia de toda sua experiência. Verborrágico, lúcido e politizado, Zé Celso não poupa críticas ao pensamento de direita nem elogios à artistas contemporâneos”, escreveu a repórter Rafaella Soares, escalada para cobrir a turnê e entrevistar Zé Celso, em seu hotel, em Olinda.

O Grupo Oficina vive teatro 24 horas por dia. É um projeto de vida. Sobre a imersão de toda produção e elenco no processo de ensaio e montagem das peças, o diretor teoriza: “O meu trabalho é baseado em excesso de concentração; eu preciso que todos se mantenham em uma espécie de meditação comum, porque nós acordamos, ensaiamos, encenamos, voltamos pra casa e no dia seguinte fazemos a mesma coisa. E para realizar uma produção é preciso ter prazer!”

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