Cantora e improvisadora Paola Ribeiro lança seu primeiro álbum solo, “Circus”

"Circus" tem colaborações com Kiko Dinucci, Marcelo Cabral e nomes da cena experimental

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(Foto: Laysa Elias/ Divulgação)

Artista, cantora e improvisadora, Paola Ribeiro apresenta Circus, seu álbum de estreia. Com composições feitas em parceria com Kiko DinucciMarcelo CabralRomulo AlexisWagner Ramos e PodeserdesligadoCircus nasce da fricção entre palavra, corpo e escuta. Disponível nas plataformas digitais a partir de 15 de maio, o trabalho reúne nove faixas que transitam entre música, poesia, ruído e silêncio, e é resultado de um processo coletivo e transdisciplinar de criação.

Circus é uma obra sensorial, que funde voz, berimbau, eletrônicos, sopros e percussão em nove faixas que desafiam a forma canção e expandem a escuta. Concebido a partir da exploração das possibilidades da voz e do corpo, se sustenta na força da voz como ferramenta de fabulação e protesto. Ao longo das faixas, Paola canta, grita, murmura, solfeja. Usa a voz como instrumento, entrelaçando-a ao berimbau, tocado por ela, ao violão de Dinucci, ao sopro de Alexis, à percussão de Ramos e às texturas eletrônicas de Podeserdesligado.

Gravado nos estúdios da YB Music, em São Paulo, Circus traz faixas autorais de Paola, como Terra Ardendo, e colaborações criadas com os músicos do álbum. Uma delas é Faca da Palavra, canção com composição Dinucci que abre o disco, na qual a tensão entre silêncio e fala já se anuncia: “Guarda a faca da palavra / Quase que você falou / Quase que você cortou”.

Paola Ribeiro ensaio para o album Circus foto Laysa Elias1
(Foto: Laysa Elias/ Divulgação)

Nathalia Grillo, pesquisadora, curadora e artista, escreve que “o álbum é uma invocação para elevar-se de prazer, como se de alguma forma fosse possível transmitir aquilo que não pode ser dito verbalmente”. “O rito de Paola entra em nossos canais auditivos ativando a amígdala cerebral, borbulhando a regulação de sentimentos. Sua coragem exterioriza emoções pessoais e provoca alarde na alma de quem alcança.”

A abordagem de Paola como cantora-performer bebe de múltiplas fontes —da música brasileira ao noise, do canto coral ao teatro— com base em sua formação em Artes Visuais e pesquisa em Poéticas Cênicas. Ela também colabora com artistas como Rodrigo Ogi, Guizado, Rádio Diáspora e Inês Terra. Em Circus, encarna a artista que fabula, sonha e desobedece, dando corpo a uma musicalidade insurgente, híbrida e profundamente poética.