Ariana Grande
Eternal Sunshine
Republic, 2024, Gênero: Pop, R&B, Dance
Depois de quatro anos de hiato em sua carreira musical, Ariana Grande voltou aos estúdios e nos entregou seu sétimo álbum, mais introspectiva que de costume. Depois do período fora do circuito da música, que também trouxe diversas mudanças nas vida pessoal da cantora norte-americana, Ariana volta mais madura e muito honesta sobre seus sentimentos e sua saúde mental. Eternal Sunshine remete a outros discos da cantora, o Sweetner (2019) e o Thank U, Next (2018), tanto pela temática quanto pela sonoridade.
Esse álbum é mais uma prova de que Ariana Grande se sente confortável enquanto artista e sabe exatamente qual a sua identidade musical. O disco monta sua produção em uma espécie de fusão entre o R&B – base musical da cantora desde 2018 – e o synth-pop, uma combinação que soa como a tentativa de ousar, mas sem os riscos de Ariana entrar em um território sonoro que não é seu.
Como resultado, o disco entrega ótimas canções, e algumas delas apresentam facetas diferentes da cantora, a exemplo de “we can’t be friends (wait for your love)”, que remete direto à Robyn, e “Bye”. O single de lançamento do disco, “Yes, and?”, e sua base de House brilha menos com companheiras tão fortes na setlist.
Não deixa de chamar atenção que os destaques fogem da receita de Ariana – faixas midtempo melódicas – e isso pode ser um sinal para mais inovações. De todo jeito, Eternal Sunshine mantém o brilho dele nas suas composições sensíveis e dolorosamente realistas, um espaço para o ouvinte se abrir emocionalmente, assim como ela fez ao produzir o álbum.
Ouça Eternal Sunshine de Ariana Grande
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