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Crítica: Iggy Pop se mantém afiado em seu retorno ao punk-rock

Eterno músico dos Stooges soa enérgico em seu 19º disco solo de estúdio

Crítica: Iggy Pop se mantém afiado em seu retorno ao punk-rock
3.5

Iggy Pop
Every Loser
Atlantic, 2023. Gênero: Rock

O mais recente disco de Iggy Pop, o eterno vocalista dos Stooges, contém a instiga necessária para relembrarmos o quanto ele se mantém ao seu estilo iconoclasta presente desde seus primeiros trabalhos. Aos 75 anos, um dos pais do punk-rock soa convincente nesse seu retorno ao gênero que o fez famoso após uma série de experiências em outras paisagens sonoras – do jazz ao eletrônico.

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A volta ao rock pesado e enérgico chega como um sopro de novidade por não soar revisionista ou nostálgico. Nem depende do conhecimento das referências de Iggy Pop. É bem receptivo aos novos ouvintes, mesmo aqueles que estão tendo contato com o punk de Iggy pela primeira vez. Há um senso de urgência em faixas com “Frenzy” e “Neo Punk”, mas Pop também sabe explorar sua voz gutural para passagens mais sombrias como “Strung Out Johnny”, com sua guitarra pós-punk oitentista. Há também passagens em que o rock se aproxima do pop como a complexa “All The Way Down”. O disco ameaça perder a fibra apenas nas baladas indulgentes “Morning Show” e “Comments” e nos interlúdios de poesia falada.

Com participações especiais de nomes como Travis Barker, Stone Gossard (do Pearl Jam), Duff McKagan (Guns N’ Roses), Dave Navarro, Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers e o finado Taylor Hawkins, Every Loser mostra que Iggy Pop ainda segue afiado no que faz de melhor sem precisar seguir à risca a cartilha de um gênero que ele ajudou a criar.

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Foto: Jimmy Fontaine/Divulgação.

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