Grife pernambucana ACRE retorna com coleção inspirada na estética periférica

Filmado em bairros periféricos de Recife, entre eles o Alto José do Pinho e a Av. Beberibe, o desfile tem participação de Lia de Itamaracá e Cannibal

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Foto: Divulgação.

Celebrando o Dia da Consciência Negra, nesta sexta-feira, 20, o selo pernambucano de moda ACRE, lança sua nova coleção, Árido Surf, cap. 2, a Festa, com exibição de desfile digital. Entre as participações especiais na passarela estão Lia de Itamaracá, Cannibal e Afroito.

A venda das peças será no Restaurante Altar Cozinha Ancestral, da Chef Carmem Virgínia, em Santo Amaro, no Centro do Recife. A partir das 14h da sexta (20), o desfile estará disponível nas redes sociais da marca: Facebook e Instagram.

Filmado em bairros periféricos de Recife, entre eles o Alto José do Pinho e a Av. Beberibe, o desfile conta com as participações especiais dos músicos Cannibal, Lia de Itamaracá e Afroito, e é estrelado por pessoas que se inscreveram para participar através de uma chamada aberta e sem seleção nas mídias sociais do ACRE.

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A coleção trabalha com A coleção trabalha com conceitos como aquilombamento e traz simbologias periféricas. (Divulgação).

O artista visual e estilista Cássio Bomfim, diretor geral da marca, dá continuidade à produção anual de coleções, e em 2020 retoma parte dos códigos e inspirações do primeiro capítulo da série ÁRIDO SURF, lançado ano passado com performances em Recife, Maceió e Salvador. Entre elas, os conceitos de Aquilombamento e Quilombo, abordado por pensadores negros como Abdias Nascimento e Beatriz Nascimento.

“A coleção tem um fio condutor que é a Celebração, que para algumas civilizações tem caráter recreativo e escapista, mas que para algumas sociedades africanas e seus parentes e descendentes do lado de cá do Atlântico pode ter a ver com contato com sagrado, com Ancestralidade”, conta Cássio.

“Ela também fala de sonoridades e simbologias periféricas, essas frequentemente subjugadas pelo viés classista e normativo, mas que pode representar uma libertação total a corpos mantidos em cativeiros gestuais onde, por exemplo, crianças não podem correr para não serem confundidas com bandidos e terem seus homicídios justificados”.

O desfile digital tem o apoio da Styling, CODA e Jailson Marcos.

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