Formação gratuita “Destravar Ideias, Elaborar Projetos” chega ao Museu do Cangaço, em Serra Talhada

Com apoio da Fundação Cultural Cabras de Lampião, o produtor cultural Alexandre Melo inicia etapa final da circulação estadual do curso com duas turmas neste mês de abril, sendo uma delas preferencial para pessoas surdas

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(Foto: Flávia Benevides/ Divulgação)

O produtor cultural Alexandre Melo possibilita o acesso à elaboração e gestão de projetos culturais como possibilidade de realizar sonhos por meio do incentivo público. É a partir dessa realidade da democratização dos recursos públicos que ele produz, em Serra Talhada, o curso de formação “Destravar Ideias, Elaborar Projetos”, que é gratuito, no Museu do Cangaço, iniciando a etapa final da sua circulação estadual com duas turmas, uma delas de 8 a 10 de abril, e a outra sessão, essa sendo preferencial para pessoas surdas (dispõe de intérprete de Libras), de 11 a 13/04.

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Todos os seis encontros, ocorrem de terça a domingo pela manhã e à tarde, têm o apoio da Fundação Cultural Cabras de Lampião, da Sertão Libras e de Mayara Contabilidade. A inscrição está aberta para a segunda turma.

“Tido como principal mecanismo de incentivo cultural do estado de Pernambuco, o Funcultura proporciona a realização de formações por todo interior pernambucano, inclusive por territórios quilombolas e indígenas. O objetivo é abrir os horizontes em relação à possibilidade da produção e da atuação em projetos culturais. Este curso também tem sido reconhecido pela maneira descomplicada com que eu converso sobre elaboração de projetos, editais de cultura etc”, destaca Alexandre.

O “Destravar Ideias, Elaborar Projetos” tem o incentivo de Funcultura, Fundarpe, Secult-PE e Governo de Pernambuco. Para concluir a circulação, o projeto amplia a formação para mais uma cidade pernambucana, com data e local a definir. Durante a vivência, Alexandre compartilha sobre “Leis de Incentivo”, contribuindo de uma maneira descomplicada a respeito da organização das propostas culturais e captação de recursos públicos por meio dessas leis.

“O propósito é buscar democratizar os recursos do Funcultura, com prioridade para as pessoas que muitas vezes não conseguem ser fortalecidas e contempladas no acesso à elaboração de projetos e a captação de recursos e também para as pessoas que têm mais dificuldades dentro desse processo do setor cultural independente”, declara.

O pernambucano Alexandre está na produção cultural desde 2007. De lá pra cá, são mais de 50 projetos aprovados no Funcultura, sendo o primeiro como elaborador (em 2010). No ano de 2015, passou a realizar cursos e consultorias sobre elaboração de projetos e captação de recursos. Inclusive, atuou por quatro anos (2016 a 2019) pela Fundarpe como capacitador dos Ciclos de Capacitações do Funcultura, executando formações, por esta instituição, no Recife e mais 12 cidades do interior do estado.

Diretor da produtora “Nós Pós”, ele é especialista em elaboração, consultoria e gestão de projetos, além de experiências como curador e diretor dos festivais Palavra Cifrada (2017, 2022 e 2024) e Internacional Cartonera (2018, 2021 e 2025).

“Os números que envolvem os editais do Funcultura mostram que a maior preocupação da gestão pública estadual precisa ser a qualificação de seus trabalhadores e trabalhadoras culturais do interior do estado. A falta de familiaridade das pessoas, muitas ,inclusive, sem acesso, me impacta. Foi nessas formações que escutei de uma idosa: “O que é logística?”. Esta pergunta transformou a forma como olho a cultura e como busco atuar nela, como produtor e como capacitador. Ela me empurrou para uma nova referência – consciente – sobre produção cultural”, conta.

A abertura do ciclo das formações “Destravar Ideias, Elaborar Projetos” pelo estado aconteceu em julho do ano passado, em Garanhuns (Agreste pernambucano), com o curso sendo realizado na AESGA – Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns, sob a responsabilidade da organização do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Em agosto, na cidade de Buíque, também no Agreste do estado, ocupou o polo País da Literatura, dentro da programação do Festival Pernambuco Meu País.

Produção cultural nos quilombos

Alexandre Melo também realizou formações na comunidade quilombola Castainho (Zona Rural), em Garanhuns, em julho do ano passado, com o recurso de acessibilidade da audiodescrição. No mesmo mês, esteve em Brejão, no Agreste do estado, chegando à comunidade quilombola Curuquinha dos Negros (Zona Rural). Essa vivência teve intérprete de Libras como acessibilidade. O conteúdo foi o mesmo para todas as turmas, sendo uma voltada para o público cego e outra para o público surdo, além de uma para o público em geral.

“Destravar Ideias, Elaborar Projetos” por Alexandre Melo, em Serra Talhada/PE

Data: 08 a 13 de abril de 2025

Local: Museu do Cangaço (Vila Ferroviária – antiga estação de trem – S/N – bairro São Cristóvão – Serra Talhada, Sertão de Pernambuco)

Turnos: manhã e tarde

Turma 1: 08 a 10/04

Turma 2: 11 a 13/04 – bit.ly/3XNUHrf – preferencial para pessoas surdas (dispõe de intérprete de Libras)

Apoio: Fundação Cultural Cabras de Lampião, Ser.tão Libras e Mayara Contabilidade

Incentivo: Funcultura, Fundarpe, Secult-PE e Governo de Pernambuco