Crítica: ruído/mm aposta na dualidade e experimenta novas sonoridades em A é Côncavo, B é Convexo

ruídomm foto ThomsFotografia
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A banda ruído/mm sempre foi associada ao post-rock, um subgênero que fez bastante barulho no final dos anos 1990 e que tem como proposta uma ponte sonora entre a música eletrônica mais experimental, o free-jazz e do krautrock. Com o novo disco da banda fica difícil classificar o som desse sexteto de Curitiba.

As oito faixas inéditas de A é Côncavo, B é Convexo mostram o interesse da banda em apostar em novos ambientes sonoros, como se quisessem sair de sua zona de conforto. Depois de um trabalho tão elogiado como foi  Rasura (2014), é interessante ver uma banda bem posicionada em seu segmento partir para buscar novas referências.

É um disco que também aposta em dualidades, o que fica explícito até pelo nome da obra, indo da calmaria de “Esporos”, a contemplação de “Tesserato” até o peso de “Volca”. Por vezes sentimos falta de uma coesão como visto em Rasura, mas é um belo retorno desse importante grupo instrumental brasileiro.

RUÍDO/MM
A é Côncavo, B é Convexo
[Independente, 2018]