Caboclo Mestiço passeia por ritmos pernambucanos e latinos no estreante Sistema Sonoro

Álbum vem ancorado na música eletrônica e aborda questões sociais, como a histórica condição da mulher negra e das religiões de matriz africana no Brasil

IMG 0494
O grupo é formado por Aiê Maia, Hamilton Tenório, Roberto Patrício e Arnaldo do Monte. (Foto: Thiago Barros/Divulgação).

Na última sexta-feira (1º), a banda pernambucana Caboclo Mestiço lançou o inédito Sistema Sonoro, primeiro disco da carreira. Composto por dez faixas, todas autorais, o álbum dialoga com ritmos tradicionais da música pernambucana e nordestina, propondo também uma conexão sonora com a música latina e mundial.

O trabalho vem ancorado na música eletrônica, atacando com batidas graves e subgraves, além de camadas quentes de sintetizador, numa conversação harmônica com arranjos de percussão e acordes afiados de trompete.

As letras trazem um clima de romance e sensualidade, como nas faixas “Aquarela Cigana” e “Rua do Amanhecer”, mas também tratam de questões sociais, como a condição histórica da mulher negra e o contexto das religiões de matriz africana na sociedade brasileira.

Nascido em Olinda, o grupo tem como proposta explorar as sonoridades do Brasil, com ênfase na musicalidade nordestina, sempre com ouvidos abertos para a música eletrônica mundial. A banda é formada por Aiê Maia, Hamilton Tenório, Roberto Patrício e Arnaldo do Monte.

Escute Sistema Sonoro, de Caboclo Mestiço: