Reginaldo Rossi é homenageado em megamural na Avenida Conde da Boa Vista

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Este já é o 2º megamural criado na região da Boa Vista em homenagem a artistas pernambucanos. (Foto: Rogério Nascimento/ Divulgação)

Reginaldo Rossi recebe mais uma homenagem no Recife. Desta vez, o megamural intitulado “O Rei é Rua”. O centro do Recife testemunhou o surgimento da pintura de 483m² que eterniza a figura do rei do brega. A obra – que teve o processo criativo iniciado no dia 1º de dezembro e foi finalizada nesse sábado (20) –  foi assinada pelo coletivo artístico Osmo Crew e representa a primeira tela gigante do Recife produzida por um coletivo de artistas. 

O megamural fica na Av. Conde da Boa Vista, mais precisamente no Edifício Rostand (nº 569). Não por acaso, a homenagem ao cantor chega em um período de vitórias do Movimento Brega, que foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife em 2021, ressaltando a importância deste gênero musical na identidade da cidade, e agora se mobiliza para que o reconhecimento aconteça a nível nacional. 

“Hoje, o brega não é só um ritmo musical, mas sim um movimento cultural com características próprias e diversas. Reginaldo Rossi foi o artista da música popular que deu o pontapé inicial nisso tudo. Foi a partir dele que o brega se tornou a trilha sonora das nossas memórias afetivas e coletivas, permeando as nossas vidas. Não tem como olhar para Recife, viver em Recife e não lembrar do Rei. Foi por todas essas razões que escolhemos pintar o patrono do brega nesse projeto tão grandioso”, destacou Felipe Lemos, integrante do coletivo de artistas e também produtor executivo do projeto.

Inspirada pelo tema ”Recife Cidade da Música”, título recebido pela Unesco, a obra foi contemplada pelo Edital de Megamurais da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Inovação Urbana. 

“Uma multiplicidade de estéticas, histórias e suor pincelou cada metro quadrado do megamural. A arte dialoga com a periferia e o cotidiano recifense, mostrando a vivência de Reginaldo Rossi em bairros periféricos da nossa cidade, que tanto o inspirou, sobretudo nas composições. É como se ele estivesse fazendo reencontros com o seu território”, completou Lemos.