Fernando Botero, artista plástico colombiano, morre aos 91 anos.

Percursor do "boterismo", era conhecido pelo desenho volumoso e pelo tom cômico de suas obras.

botero
Divulgação

Fernando Botero, pintor, desenhista e escultor, morreu hoje (15) aos 91 anos, em sua casa no principado de Mônaco. Artista autodidata, o colombiano nascido em Medellín era reconhecido pelos traços volumosos dos personagens de suas obras. 

O artista plástico ficou conhecido pelas figuras corpulentas que criava, tanto em obras autorais como em releituras de outros pintores. Uma de suas figuras mais famosas é a reinterpretação da “Monalisa” de Leonardo Da Vinci sob seus traços arredondados. Por conta dos visuais marcantes, Fernando é chamado como precursor da estética do “boterismo”, estética que brinca com as formas das gravuras. 

Nascido em 1932, o colombiano chegou a frequentar academias de estudos de arte na europa, mas não terminou nenhum curso. Ao retornar para a Colômbia, trabalhou publicando obras suas no jornal El Colombiano, de Medellín. A descoberta do estilo do “boterismo”, e com isso o reconhecimento, veio em 1956, quando morava na Cidade do México. A partir de então, Botero passou a viajar o mundo para expor suas obras. 

Copia de Post Noticias Padrao 3
(Foto: Twitter/ Reprodução)

Entre os anos de 1994 e 2004, o artista trabalhou na coleção “Dores da Colômbia”, formada por uma série de gravuras que ilustram a violência crescente do país depois da formação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Contando com 67 obras ao todo, a mostra representa de maneira irônica os crimes e várias formas de violência. 

“Morreu Fernando Botero, o pintor das nossas tradições e dos nossos defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e da nossa paz. Da pomba mil vezes descartada e mil vezes colocada no seu trono”, declarou Gustavo Petro, presidente da Colômbia, nas ruas redes sociais. 

[Com informações da Agência Brasil]