Coletivo Coentro volta a apresentar experimento cênico sobre jornadas de autoconhecimento queer

Sessões acontecem durante o fim de semana, no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro)

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Ariel Sobral, Evandro Filho, Gerson Alves e Mariana Castelo dão vida ao experimento. (Foto: Guto Borges/Divulgação).

O Coletivo Coentro, grupo recifense de teatro experimental, está de volta com o experimento/performance GABI – INTERLÚDIO: Uma Viagem na Psique de Quem Decidiu Partir, que explora as narrativas do complexo processo de entendimento identitário de pessoas queer. As apresentações acontecem neste sábado (28) e domingo (29), no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro), no Bairro do Recife.

A performance convida o público a refletir sobre as questões do que é ser e existir na comunidade LGBTQIA+ diante da dura realidade brasileira por meio da representação visual de um estado emocional e psicológico. Com texto e direção de Ariel Sobral, a peça vem permeada de elementos encontrados nos movimentos Club Kids, Cyberpunk, Afropunk e Ballroom, referenciando estéticas queer.

“A performance nasceu derivada da montagem do espetáculo GABI, que estreia no ano que vem. Surgiu nas nossas investigações em sala de ensaio, na tentativa de explorar ainda mais esses temas. Nosso interesse não é definir nossos meios, mas evidenciar nossos caminhos, destacar o ‘entre’. Daí o título Interlúdio: aquilo que separa, que está no meio, que ocorre durante, que marca o nascimento, a morte e, principalmente, a vida “, destaca Ariel.

O experimento estreou em julho deste ano na Galeria Janete Costa, marcando a primeira apresentação de artes cênicas no local. Os ingressos para as apresentações deste fim de semana, no MuAfro, estão disponíveis no Sympla. Os valores variam entre R$ 20 e R$ 30. No sábado, a sessão acontece às 19h e, no domingo, às 18h.

“O interlúdio tem o poder de comunicar o novo, o presente e o futuro, somos o futuro tecnológico, as futuras identidades, as futuras dores, futuras permanências e partidas. GABI nasceu, se construiu, se encontrou e foi, e continua sendo em cada corpo, vivência e leitura de si”, conta a intérprete Mariana Castelo, que dá vida ao espetáculo ao lado de Ariel Sobral, Evandro Filho e Gerson Alves.