Adeus a Alberto Uderzo, um dos criadores de Asterix, aos 92 anos

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Foto: Georges Biard via Wikimedia Commons e montagem da HQ.

O quadrinista francês Alberto Uderzo, cocriador da popular série em quadrinhos Asterix, morreu nesta terça (24), aos 92 anos. A informação foi dada à Agência France Press por familiares. “Ele morreu enquanto dormia em sua casa em Neully, de ataque cardíaco não relacionado com o coronavírus”, disse Bernard de Choisy, seu genro.

Uderzo foi o cocriador de Asterix ao lado de René Goscinny em 1959, inicialmente para o jornal Pilote. O primeiro álbum, Asterix, o Gaulês, foi publicado dois anos depois e em 1966 a série já vendia mais de um milhão de exemplares. A história mostra intrépidos guerreiros gauleses resistindo à dominação romana.

A série segue sendo publicada até hoje e é uma das maiores forças editoriais da cena de quadrinhos francesa. Publicada em mais de 107 línguas, Asterix já vendeu mais de 400 milhões de exemplares em todo o mundo.

Nascido em 25 de abril de 1927 em Fismes, uma pequena cidade na região de Marne na França, ele nasceu em uma família de imigrantes, de pai italiano. Goscinny, que morreu em 1977, de ascendência ucraniana, foi seu companheiro de trabalho por toda a vida.

Uderzo e Goscinny se conheceram em 1950 e trabalharam juntos em Asterix por 20 anos até a morte de Goscinny. O último álbum que fizeram juntos foi Asterix Entre os Belgas, de 1979. Em seguida, Uderzo acumulou as funções de desenhista e roteirista.

Uderzo deixou de trabalhar em Asterix apenas em 2011, aos 84 anos, quando a série passou a ser feita pela dupla Jean-Yves Ferri (texto) e Didier Conrad (arte).

No Brasil, Asterix começou saindo pela Bruguera (com nove álbuns), depois Cedibra (24 edições), Círculo do Livro (uma edição) e RGE (em formato de bolso). Mas foi a Record a mais longeva, o que ajudou a popularizar a série. Foram 36 álbuns lançados. A Salvat chegou a iniciar uma coleção, mas não avançou da fase de testes.

A Panini prepara um retorno da série, mas ainda sem data prevista.