“O Estranho”, destaque no Festival de Berlim, estreia nos cinemas em 20 de junho

Dirigido por Flora Dias e Juruna Mallon, o filme explora o Aeroporto de Guarulhos e retrata o cotidiano de trabalhadores do local

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Patricia Saravy e Larissa Siqueira. (Foto: Divulgação.)

O longa-metragem O Estranho, dirigido por Flora Dias e Juruna Mallon, estreará nos cinemas brasileiros no dia 20 de junho. Este filme, uma coprodução entre Brasil e França, ganhou destaque no cenário internacional ao ser selecionado para o Festival de Berlim no ano passado.

Produzido pela Lira Cinematográfica e Enquadramento Produções, em parceria com a francesa Pomme Hurlante Films e as brasileiras Filmes de Abril e Ipê Branco Filmes, O Estranho retrata o cotidiano dos trabalhadores do Aeroporto de Guarulhos e explora as camadas históricas e sociais desse território. A distribuição é da Embaúba Filmes.

Filmado no próprio aeroporto e arredores, o longa segue Alê, uma funcionária de pista cuja história familiar foi impactada pela construção do aeroporto, revelando encontros e memórias em um espaço de contínua transformação.

O filme já acumula reconhecimentos, incluindo os prêmios de Melhor Filme no Queer Lisboa (Portugal) e no Festival Internacional de Direitos Humanos de Nuremberg (Alemanha). Além disso, O Estranho ganhou prêmios de Melhor Som no Festival de Havana (Cuba) e Melhor Fotografia e Melhor Som no Olhar de Cinema em Curitiba.

Flora Dias descreve o processo de filmagem como uma imersão total no território de Guarulhos, destacando a rica heterogeneidade observada. “Pesquisa, preparação e filmagem nos levaram a perceber sua realidade como algo essencialmente heterogêneo e múltiplo”, explica. “É um trabalho de muitos anos e de muitas pessoas. Uma estreia é uma janela importante para todas essas energias colocadas no filme que teve e continua tendo uma guiança espiritual muito forte”.

Juruna Mallon complementa, ressaltando a importância dos múltiplos encontros que definiram a trajetória do filme. ““Eu vejo O Estranho como um filme de encontros. Foram esses múltiplos encontros que, ao mesmo tempo, se tornaram a própria matéria prima do filme e que definiram a trajetória que o filme iria percorrer,” afirma.

O Estranho foi realizado com recursos do FSA e da Lei Aldir Blanc, em coprodução com a Spcine e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, além de receber apoio financeiro do fundo holandês Hubert Bals Fund e do fundo suíço Visions Sud Est. O filme também participou de laboratórios e eventos de destaque, como LoboLab, Novas Histórias, BrLab, Proyecta do Ventana Sur, Brasil CineMundi e o Festival de Rotterdam.