Dia dos Povos Indígenas: três filmes com novos olhares sobre povos originários chegam aos cinemas

Embaúba Filmes lançará três longas que refletem sobre questões dos povo originários do Brasil

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Documentário filmou uma das missões do indigenista Bruno Pereira (Divulgação)

Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, celebramos a resistência e a diversidade cultural dos povos originários brasileiros. A distribuidora Embaúba Filmes anuncia o lançamento de três longas que chegam ao longo de 2024 aos cinemas e permitem conhecer e refletir sobre a temática.

Com perspectivas diferentes, cada um destes filmes tenta construir imagens que fogem ao senso comum dos documentários clássicos sobre os povos indígenas. Contrariando o olhar tradicional de documentários que contribuíram para a exotificação e o reforço de estereótipos, os filmes trazem os modos de viver e pensar de povos originários com respeito e proximidade, fortalecendo suas singularidades. Conheça mais sobre os filmes abaixo.

O Estranho (Estreia em 20/06)

Filme de Flora Dias e Juruna Mallon traz o Aeroporto de Guarulhos como protagonista de sua trama. Construído em um território indígena, a história do local se entrelaça com a de seus trabalhadores e das pessoas que vivem e circulam por Guarulhos, evocando a ancestralidade do território e dos sujeitos que ocupam seus espaços na atualidade.

A Flor do Buriti (Estreia em 04/07)

Longa de João Salaviza e Renée Nader Messora é uma ficção de uma história ‘real’ da comunidade Krahô, situada no Tocantins. Com indígenas como atores, já é o segundo filme da dupla de diretores feito dessa maneira. A obra apresenta uma história de resistência do povo Krahô, teve a sua première no prestigiado Festival de Cannes de 2023 e foi premiado com o Prix d’ensemble (Melhor Equipe) da sessão Un Certain Regard (Um Certo Olhar) no Festival.

A Invenção do Outro (Previsão de estreia no segundo semestre de 2024)

Filme de Bruno Jorge se destaca pela sua meticulosa abordagem na captura de uma expedição da Funai para tentar contato com indígenas da etnia Korubo no Vale do Javari. O longa mostra o contato de indígenas com não-indígenas, pensando nas formas de representação que o cinema pode oferecer de “um outro”. Teve sua estreia no Festival de Brasília em 2022, ganhando 5 prêmios, dentre eles o de melhor filme pelo júri oficial.