Machete Bomb lança disco de superação pessoal com participações de Tuyo, Mundo Livre SA, Odair José e BNegão

No ano passado, Madureira ficou viúvo, com dois filhos pequenos. Os amigos o incentivaram a continuar com a música com esse disco cheio de participações

MACHETE BOMB Madu Madureira por Vinicius Grosbelli 02
Foto: Vinicius Grosbelli.

A banda curitibana de heavy samba Machete Bomb lança o álbum MXT coMvida, que mistura rap, samba e heavy metal, mas também tem reggae, ragga e dubstep. São 14 faixas onde artistas convidados narram em livre interpretação o momento de superação do produtor e líder da banda, Madu Madureira (cavaquinho), sem deixar a crítica sócio-política de lado.

No ano passado, Madureira ficou viúvo, com dois filhos pequenos. Os amigos o incentivaram a continuar com a música, superar a depressão. Por isso decidiram organizar um álbum com convidados, entre eles BNegão, Odair José, TUYO, Mulamba, Dedé Paraízo, Nave, estão presentes na obra.

“Com um peso de uma depressão forte, eu contei com a ajuda de alguns amigos e a música para tentar me levantar. Todos os artistas convidados têm uma certa relação com a história que passei. Muitos eram amigos da Dani e todos tem um motivo especial para fazer parte. O Fred 04, por exemplo, foi quem me inspirou a tocar cavaquinho e a Dani me deu o cavaco de tanto que eu falava em Mundo Livre S/A. É uma obra feita por amigos e por pessoas que se admiram”, conta Madu, por e-mail.

MXT coMvida abre com o Alexandre Duyaer falando sobre o momento difícil que Madu passou e em como ele está sendo resiliente ao produzir esse álbum. Ao longo da obra, há a participação de diversos artistas nacionais de diferentes gerações e projeções.

“Central”, música inédita e um presente de Andó e Dedé Paraízo (Demônios da Garoa) especialmente para o projeto, ganhou colaboração da Mulamba e TUYO; “Nunca Mais” e “Que Loucura”, de Odair José, ganhou remake de Dow Raiz e BNegão, Pete Mcee e Pecaos, além de ter o próprio Odair cantando. MXT coMvida é uma obra rica e diversa, que passeia entre a alegria do samba, o ritmo e poesia do rap, o peso do vocal gutural e a modernidade de batidas eletrônicas.

O álbum é costurado por vinhetas entre as faixas, mostrando logo após cada canção como os respectivos artistas convidados interagiram com Madu, ilustrando o processo de produção, confirmando a amizade que ele tem com essas pessoas. Nenhuma participação foi uma escolha impessoal com o objetivo de promover o disco.

A capa é assinada pelo artista plástico curitibano Jorge Torres Galvão. Cada single ganhou um desenho representando um momento de Madu durante o processo e que, juntos, completam um quadro final. E as artes do cenário das lives lançadas para promover a obra é assinada pelo grafiteiro Thestrow, também de Curitiba, que inclusive participa do álbum.