Festival de danças negras Gira Ara Dúdú abre chamada de inscrição de trabalhos

As propostas podem ser enviadas até o dia 18 de setembro pelo site. O festival acontecerá no Recife entre os dias 5 e 8 de outubro deste ano

Jamila Marques Renata Mesquita e Dandara Marques
Jamila Marques, Renata Mesquita e Dandara Marques, organizadoras. (Foto: Rennan Peixe/Divulgação).

Festival pernambucano de danças negras, a Gira Ara Dúdú estreia com um chamamento público para videodanças e apresentações de trabalhos dos grupos de experimentos dançantes (GEDs), voltado para pessoas negras (autodeclaradas pretas e pardas), quilombolas e indígenas de todo o Brasil. As propostas podem ser enviadas até o dia 18 de setembro pelo site.

O festival acontecerá no Recife entre os dias 5 e 8 de outubro deste ano.

A inscrição é gratuita, mediante o preenchimento do formulário, com um limite de uma proposta por titular. É permitido participar das duas categorias — videodanças (até 20 minutos de duração – online) ou Giras de Experimentos Dançantes (até 15 minutos de apresentação – presencial) — desde que seja submetido um trabalho por vez. O resultado da seleção será divulgado oficialmente no site e nas redes sociais do festival.

As obras que constem em sua ficha técnica a participação da curadoria da mostra não podem ser inscritas em hipótese alguma. Serão aceitos trabalhos que tenham sido finalizados a partir do ano de 2010 até a data limite das inscrições.

Nos casos em que seja necessário o envio de vídeo, é preciso compartilhar o link (URL) do material, formatado em uma das plataformas digitais (Drive Google, Vimeo ou YouTube). O link deve estar no modo público ou disponível com a senha para acesso ao conteúdo.

O chamamento busca compartilhar produções de saberes de artistas da dança, mestras, mestres, brincantes da cultura negra, capoeiras, performer, intérpretes e criadores de danças negras, pesquisadoras, pesquisadores e estudantes de diversas idades (maiores de 18 anos). Vale ressaltar que as candidaturas de artistas da dança que são mães, idosas, idosos, mulheres (cis e trans) e não binários negres são consideradas como grupos prioritários durante etapa da selação.

“A ideia é que pessoas negras, quilombolas e indígenas possam apresentar e compartilhar danças a partir de suas vivências, experiências, escrevivências das/os/es corpas/es/os e/ou pesquisas, podendo ser compartilhada no formato individual, em dupla ou coletivo, que estejam em andamento ou que já tenham sido concluídas”, explica Jamila Marques, uma das organizadoras, ao lado de Renata Mesquita e Dandara Marques. Juntas, elas formam o grupo “Ara Agontimé”.

O festival, contemplado pelo edital Sistema de Incentivo à Cultura (SIC 2020/2021), da Prefeitura do Recife, e Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura 2020/2021), do Estado de Pernambuco, foi criado pelo grupo “Ara Agontimé” e tem coordenação de curadoria da Gira Ara Dúdú, representada por Sophia Williams e Diogo Lins.

As propostas selecionadas na categoria videodança serão apresentadas na mostra audiovisual de danças negras durante os dias de festival. Já as escolhidas na categoria de vivências, relatos de experiências, escrevivências das/os/es corpas/es/os e/ou pesquisas em danças negras irão compor a programação dos GEDs.

Os trabalhos aprovados também terão divulgação no perfil oficial da Gira Ara Dúdú. A organização entrará em contato com selecionados e selecionadas, via email, para encaminhamento da obra e planejamento das apresentações.

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