Crítica: Chairlift | Something

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Após perder seu membro fundador, Chairlift retorna inspirado em novo álbum

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A dupla Caroline Polachek e Patrick Wimberly, que formam o Chairlift conseguiram fazer um disco ainda mais sofisticado que o segundo disco Does You Inspire You (2008), que fez a banda conhecida. Trabalhando um synthpop casada à voz cheia de personalidade de Caroline, esse Something é um dos trabalhos mais interessantes da música eletrônica neste ano.

Primeiro álbum desde a saída do membro fundador Aaron Pfenning, é uma clara evolução na sonoridade, buscando referências na música pop oitentista, além de contarem agora com a máquina de divulgação de uma gravadora grande. O produtor Alan Moulder, que já trabalhou com os Smashing Pumpkins e My Blood Valentine soube aproveitar a criatividade em estado bruto presente no duo e ajudou a destacar a mis-en-scene do grupo como um diferencial.

Os arranjos são uma curiosa mistura de faixas radiofônicas da virada dos anos 1980 com as mais recentes tendências eletrônicas, puro hipsterismo. Temos aqui ao menos dois hits, a dançante “Amanaemonesia” e “I Belong In Your Arms”, que lembra um vocal à Feist levado por uma batida que poderia estar presente nos melhores momentos do Tears For Fears. [Paulo Floro]

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Something
[Columbia/Young Turks, 2012]

Nota: 8,4

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