Aloysio Letra estreia EP “Depois” com participação de Luedji Luna e integrantes do Aláfia

O músico trata das subjetividades de um homem negro e periférico

Letra Foto de Joyce Prado
Foto de Joyce Prado/Divulgação.

O músico Aloysio Letra estreia EP “Depois”. O projeto, já disponível em todas as plataformas digitais, é guiado por temas como saúde mental, luto e fé, sempre retratados a partir das subjetividades de um homem negro e periférico.

Entre as participações especiais estão o ator e dramaturgo Jé Oliveira, o pianista Fábio Leandro, e a cantora Estela Paixão, ambos do Aláfia, François Muleka e Luedji Luna.

“Este é um trabalho que fala sobre quem se foi e o que pensa, quer e sente quem ficou nesse sumidouro de gente preta que é o território brasileiro. Tento responder como é a sensibilidade de pessoas pretas sobreviventes do genocídio da população negra. Falo de futuridades. Reflito sobre como lidar com as perdas e, sobretudo, como buscar forças para prosseguir”, escreveu Aloysio Letra.

Composto por 4 faixas, o EP dialoga diretamente com a MPB dos anos 80 e 2000, misturando influências das tradições negras do candomblé, das atmosferas musicais de Salif Keita, do pop de Sade Adu, da própria música popular brasileira e da instrumentação de orquestra de câmara. A produção é assinada por Ravi Landim e tem direção artística do próprio Aloysio.

O projeto também será acompanhado de um vídeo animado para a música “Flor de Baobá”, canção de abertura do EP. O roteiro foi escrito pelo próprio Aloysio Letra, com animação e Motion de Ale Naslim, libras de Gabi Martins e finalização de Lico Cardoso. O vídeo de “Flor de Baobá” tem como inspiração um quadro da artista plástica Lê Nor e uma cena icônica do clássico faroeste Três homens em conflito (1966), de Sergio Leone.

Nos próximos meses, Aloysio Letra realiza uma série de shows pela cidade de São Paulo. Em 17/09,  ocupa o Centro de Culturas Negras do Jabaquara Mãe Sylvia de Oxalá, a partir das 18h. Depois disso, em 29/09, marca presença no Centro Cultural Tendal da Lapa, às 20h. Em seguida, 01/10, firma os pés no terreno sagrado do Centro Cultural da Penha, às 19h. Novas datas ainda serão divulgadas.