A pluralidade de Montez Magno é celebrada em nova mostra na Galeria Marco Zero

Com acesso gratuito, a abertura acontece nesta quinta (27); a exposição segue em cartaz até o dia 22 de junho

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Composta por mais de 100 obras, a mostra evidencia eixos importantes da trajetória do artista. (Foto: Divulgação/Galeria Marco Zero).

Depois do recente sucesso das obras de Montez Magno na SPArte, a Galeria Marco Zero, anuncia outro recorte da trajetória do artista com a exposição intitulada Canto à Liberdade. A abertura acontece nesta quinta-feira (27), às 19h. Em exibição até o dia 22 de junho, a mostra apresenta mais de 100 obras e tem como ponto de partida um poema visual que retrata o olhar livre e atemporal do pernambucano de Timbaúba. A curadoria é de Itamar Morgado e Bete Gouveia.

Considerado pioneiro em muitos momentos de sua jornada artística, Montez sempre exerceu com liberdade suas múltiplas formas de expressão, o que resulta em um acervo diversificado que vai de pinturas, gravuras, esculturas, ready mades e assemblages, passando por incursões à performance e música aleatória, além de uma produção poética que registra uma dezena de livros publicados. Na extensão superior da galeria, ficará a obra-chave, que deu título à exposição.

“O trabalho Canto à Liberdade é uma projeção que faz alusão ao compromisso de Montez Magno com a sua própria autonomia em relação a qualquer dogma no campo de atuação. Com uma trajetória marcada pela independência e realizando experimentos em diversas linguagens e nos mais variados materiais e suportes, o amplo recorte da exposição revela a imensidão de um inventor de mundos, um dos mais significativos artistas da história da arte brasileira”, avalia Marcelle Farias, que, ao lado de Eduardo Suassuna, está à frente da galeria.

O viés disruptivo de Magno abriu caminho para participações nas primeiras Bienais Internacionais de São Paulo, rendeu uma bolsa de estudos no Instituto de Cultura Hispânica de Madri e aproximou-o, no Rio de Janeiro, de um grupo de artistas que se tornariam expoentes do movimento neoconcreto brasileiro.

O curador e mestre em artes visuais Itamar Morgado relembra que Montez renunciou à zona de conforto da estética figurativa dominante representada pelo Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife e rompeu as fronteiras da temática regional para embarcar na linguagem construtiva, sem dobrar-se ao rigorismo da geometria formal. “Não por acaso, depois de 70 anos de efetiva produção, sua obra continua singular e desafiando os esquemas classificatórios dos manuais da Academia e vem obtendo reconhecimento cada vez maior dentro e além das fronteiras geográficas do Estado.”

SERVIÇO:
Canto à Liberdade – Exposição de obras do artista Montez Magno, com curadoria de Itamar Morgado e Bete Gouveia

Local: Galeria Marco Zero (Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem, Recife – PE)
Abertura: Quinta-feira, 27 de abril, às 19h
Visitação: de 27 de abril a 22 de junho
Horário: de segunda à sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h
Acesso gratuito