CIDADÃO INSTIGADO
Por Lívio Paes Vilela
É possível afirmar que essa década para música brasileira começou com um sentimento de término, uma melancolia profunda. Por mais que se baseie em histórias estritamente pessoais, muito da aura clássica do Bloco Do Eu Sozinho dos Los Hermanos é devido ao mal-estar generalizado que gritam aquelas guitarras distorcidas. Uma espécie de previsão da ressaca que viria pós-11 de Setembro. Não se trata apenas de se identificar com os causos de relacionamentos mal-resolvidos – estamos falando de se sentir relacionado (e a quantidade de fãs da obra só cresce) a um disco árido em esperança (há um pequeno lampejo em “Adeus Você”, mas só), que esconde suas amarguras no sarcasmo bem letrado de Camelo e Amarante. “É o fim, é o fim, é o fim!”, gritava Marcelo, antes de louvar, no desespero, o direito de fingir felicidade pintando o próprio nariz.
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