A questão da diversidade está na ordem do dia, sendo elogiada, incentivada ou rejeitada. Ela está na boca do povo, mas também no nome de setores de empresas, em campanhas publicitárias, nas declarações de movimentos sociais, na propaganda de partidos políticos, no título de produções acadêmicas e por aí vai. Mas como pensar conceitualmente sobre diversidade superando o senso comum?
Leia também: Miolo(s) reúne mais de 300 publicadores independentes na Biblioteca Mário de Andrade
A pergunta é feita e discutida por Guilherme Barbacovi Libardi, pesquisador de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em seu livro Diversidade, Reconhecimento e Identidade: notas teóricas a partir da Comunicação.
A obra, segundo o autor, é uma contribuição às pessoas que pretendem enveredar pelo debate da “diversidade” a partir de uma mirada interdisciplinar, mas com foco na sua dimensão midiática. “Trata de uma exploração teórica e histórica do termo, revelando sua aproximação com noções contemporâneas de reconhecimento e identidade, abordando consensos e contradições. Ao mesmo tempo, enfatiza o papel da mídia como mediadora importante e indispensável na produção da diversidade. Assim, o livro oferece uma fonte de pesquisa introdutória àqueles e àquelas que pretendem enfrentar essas questões desde um ponto de vista crítico e interdisciplinar”, destaca Libardi. O livro, disponível em formato físico, pode ser adquirido pelos sites da Amazon e da editora Appris.
Sobre o autor
O livro é fruto da tese de doutorado do autor, intitulada “Os sentidos da diversidade no Brasil polarizado: impasses e afinidades entre minorias progressistas e conservadoras”, desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre 2017 e 2021. Atualmente, Libardi investiga audiências conservadoras e suas práticas de consumo no streaming, com supervisão da professora do Departamento de Artes e Comunicação (DAC) da UFSCar, Suzana Reck Miranda.
Guilherme Libardi é bacharel em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e doutor em Comunicação pela UFRGS. Também atua como professor permanente do PPGIS/UFSCar. Sua pesquisa orienta-se por uma abordagem sociocultural para compreender as relações entre mídia, cultura e política. Interessa-se especificamente pelas temáticas relacionadas à diversidade e às práticas de uso de tecnologias e de recepção midiática mobilizadas pelas novas direitas brasileiras.